Em Ritmo de Fuga | Crítica

Análise sobre o filme Em Ritmo de Fuga da Sony Pictures (convite da Sony Pictures), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica do filme:

Nome do Filme: Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)

Estreia: 27 de julho de 2017 (Brasil) – 1h 53min

Direção: Edgar Wright

Elenco: Ansel Elgort, Lily James, Jamie Foxx, Eiza González, John Hamm, Kevin Spacey, Jon Bernthal

Distribuidora: Sony Pictures


Você sabe o sinônimo de excelência? Bem, eu conheço um novo termo e ele se chama Edgar Wright. Em mais uma das suas obras, o diretor de Hollywood conseguiu impressionar os críticos e com toda certeza irá emocionar o público. Uma história simples que acabara de ser bem modelada aos dramas de Baby (Ansel Elgort) e sua parceira romântica Debora (Lily James). Então é aquilo, o básico que funciona bem a um nível épico, sem inventar muito ou ter enrolações desagradáveis.

Baby Driver, ou melhor, Em Ritmo de Fuga para os brasileiros, conta a história de um menino órfão que possui uma grande habilidade atrás do volante. Baby é apaixonado por músicas, que consequentemente o ajuda em seu problema auditivo para continuar seguindo a vida. O que ele estiver fazendo, precisa de uma batida, a qual no filme funciona super bem, casando de modo uniforme com as cenas de ação. E o que impressiona é que as músicas não ficam enjoativas em nenhum momento, além de casar com a ação, faz o espectador fluir junto com o filme, causando a famosa sensação de fazer parte daquilo tudo. Grandes sucessos da música estão na playlist do filme, em diversos gêneros.

A violência e o uso de uma linguagem um pouco mais adulta estarão presentes, então caso você não curta muito esse tipo de coisa, não irá se sentir confortável em certas partes. Isto posto, os efeitos são entregues de modo ímpar conseguindo passar a impressão que aquilo realmente está acontecendo; sangue, tiro, atropelamento e entre outros. Tudo isso girando em volta de diálogos bem trabalhados, profundos e trazendo harmonia entre os personagens. Fora a ajuda da edição que indicava em certos casos onde cada situação iria ser levada, isso sim é um ponto positivo nesse filme, em outros poderia ser uma baixa por ser previsível. Além disso, é com muita calma – mesmo sendo um filme de ação e “superação” – que cada ato é explicado, onde um encaixa no outro. Entretanto, somente uma situação não é muito bem declarada.

Com um roteiro convincente e beirando a perfeição, as motivações de Baby é bem representada por Ansel Elgort logo de início, dando as caras no que iríamos ver adiante. Lily James consegue encarnar o seu papel com maestria, a jovem Debora, uma garçonete simples que espera por dias melhores; em nenhum momento ela é chata, devo frisar isso. Kevin Spacey faz o criminoso Doc – rapaz que recruta Baby ainda muito jovem -, e como sempre, super emblemático em suas atuações. Um casal barra pesada vem em seguida, Eiza González interpreta a mulher de John Hamm, Darling, sedutora, mas ao mesmo tempo perigosa, e o seu par interpreta Buddy, um cara com sentimentos, só que não é aconselhável mexer com ele. Ambos são feitos com plena lucidez. Destaque para Jamie Foxx por um papel ácido na pele de Bats, um gangster altamente sem escrúpulos. Nessa lista de atores reconhecidos de Hollywood, não há nenhum que seja desperdiçado ou encarado de modo ruim.

Mesmo com uma nota cinco (máximo), nenhum filme é perfeito, o ato final é maravilhoso, porém a última cena poderia ser altamente descartada do filme. O acréscimo dela foi relativamente ruim. Entretanto, não estraga ou retira a experiência que foi posta na obra.

Diante dos fatos supracitados, Em Ritmo de Fuga funciona como todas as obras de Edgar Wright, porém não é a melhor. Contudo, seu elenco, efeitos, diálogos bem construídos e história objetiva agradam do início ao fim com um drama forte que sobre cai no espectador – convencendo e emocionando. Ou seja, os créditos que Wright tem, irão continuar com toda certeza depois desse filme e esperamos mais inovações como essa; Situações perdidas que são imprescindivelmente solucionadas. Com toda certeza, vale o ingresso!