Dark – 3ª Temporada | Crítica

"O que sabemos é só uma gota. O que nós ignoramos é um oceano."

Análise sobre a terceira e última temporada de “Dark”, da Netflix, aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Dark

Estreia: 27 de junho de 2020 – 65min em média

Criação: Baran bo Odar e Jantje Friese

Elenco:  Louis Hofmann, Andreas Pietschmann, Mark Waschke

Distribuidora: Netflix

Gênero: Ficção Científica, Drama, Suspense


O planejamento de um trabalho é primordial para alcançar e almejar o sucesso. Depois de duas temporadas incríveis, a série alemã mais conhecida da Netflix volta para fechar um ciclo. E, com toda a certeza, deixará um legado importante para todos os fãs e espectadores de plantão.

“Dark” é uma série especial e difere bastante dos padrões. Ela não possui moldes de uma blockbuster – modelo de “Stranger Things” para alcançar público – e muito menos se importa com isso. Há de ver a divulgação e marketing da mesma. Não é de praxe também que a produção da streaming vermelha abre um leque de oportunidades para novos atores e/ou aqueles que estão em começo de ascensão para suas séries e filmes. Diante disto, a divulgação fica por seu público fiel e comentários como: “Você precisa ver essa série!”, “Você vai pirar!”, “Fulano é filho de ciclano!” etc. E então, um dos temas mais complexos e difíceis – o qual é muito fácil deixar furos – como viagem no tempo é abordado na série. “Dark” não deixa furos.

Na verdade, a terceira temporada completa e explica diversas tramas da primeira e segunda. Há também o implemento de novos personagens, todavia, eles precisam estar ali para fechar esse ciclo. Além do mais, é muito difícil dizer que Dark possui sub-tramas, tudo está conectado e precisa ser explicado. Os segredos e imperfeições estão presentes em todos os personagens, não há um que dê para descartar e o consumidor considerar como uma sub-trama. Todas as ações, todas as peças, todos os sentimentos ficam evidentes. E muito também se diz a respeito da atuação dos personagens. A caracterização impressionante e idêntica do mesmo personagem criança, adolescente, adulto e idoso – vale ressaltar que são sempre atores diferentes e sem efeitos especiais. Tudo, sem exceção, está interligado.

Relembrando que a primeira temporada tem uma pegada mais policial investigativa, a segunda já possui a questão ficção científica muito mais forte, enquanto a terceira acompanha um drama carregado, a dicotomia maniqueísta – a luta entre o bem e o mal –, como sempre, e o encerramento de tudo. Isto posto, é preciso ter bastante atenção nesta temporada, até mesmo nos mínimos detalhes, tanto visual quanto auditivo. Um frame poderá mudar toda a experiência da temporada quiçá série.

É interessante o tema acerca do livre-arbítrio, será mesmo que temos? O futuro é realmente um destino incerto ou tudo já aconteceu antes? Nossas ações atuais são dependentes de outras? Enfim, tais respostas e outras são respondidas com clareza – às vezes até de forma direta na edição –, contudo destacando novamente, deverá se atentar a todos os acontecimentos presentes nas cenas.

Os efeitos especiais seria o único ponto negativo da série por ter situações muito falsas acerca do material usado, mas é quase impossível falar isso, pois ela é suprida em outras áreas, como por exemplo: a edição é impecável e consegue disfarçar inúmeras lacunas, os diversos atores usados para o mesmo personagem – mas em linhagem diferente é um atrativo à parte –, a ambientação super caracterizada fiel aos tempos proporcionados, a explicação das viagens no tempo é plausível (mesmo sendo uma ficção científica) e o diferencial, desta terceira, é a questão do espaço que os personagens estão inseridos, ou seja, não trataremos apenas de uma Winden, mas sim, duas.

Diante dos fatos supracitados, a terceira e última temporada de “Dark” com certeza deixará marcas importantes para a indústria do entretenimento. Sua mitologia e filosofia conseguiram agradar a todos, mesmo aqueles que estão perdidos dizendo “não entendi nada”, pelo simples motivo de ser uma criação autoral totalmente diferente do que estávamos acostumados a assistir. A imersão da ambientação, trilha sonora convincente, diálogos muito bem estruturados e conectados, o casting muito bem resolvido e um roteiro que beira à perfeição. Sem esquecer das inúmeras reviravoltas grandiosas que o show proporciona. E por fim, tudo acaba de uma forma clara, coesa e sem deixar pontas soltas.

Todos são heróis em seus papéis ou querem salvar a si mesmo.

Dark – 3ª Temporada
Sinopse
O apocalipse está acontecendo em Winden. Após descobrir que Martha (Lisa Vicari) pertence a uma realidade paralela, Jonas (Louis Hoffmann) precisa entender como essa versão da pequena cidade alemã pode interferir em seu próprio destino. Já os que continuam na realidade até então conhecida buscam uma forma de quebrar o ciclo, que agora modifica não apenas o tempo, mas também o espaço. São dois mundos complementares, divididos entre a luz e a escuridão.
Atuação
Direção
Edição
Fotografia
Roteiro
Trilha Sonora
5
Notas

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