Capitã Marvel | Crítica

Análise sobre o filme “Capitã Marvel”, da Marvel Studios (convite da Disney Pictures BR), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Capitã Marvel (Captain Marvel)

Estreia: 07 de março de 2019 (Brasil) – 2h 12min / Ação e Fantasia

Direção: Anna Boden & Ryan Fleck

Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Jude Law, Ben Mendelsohn, Annette Bening, Clark Gregg, Djimon Hounsou, Lee Pace, Gemma Chan, Lashana Lynch

Distribuidora: Disney | Buena Vista


O começo e o fim se fazem presente nesta crítica a partir dos acontecimentos do filme que será analisado. Primeiro, o começo de uma nova era da Marvel, a heroína mais forte dos quadrinhos foi apresentada às telonas como a primeira mulher a ter um filme solo – na empresa criada por Stan Lee. Já o fim, se diz a respeito a um breve adeus para fase 3 da Marvel, cujo próximo filme dos Vingadores é o mais aguardado de todos os tempos; o fim de um grande ciclo para os amantes de quadrinhos e para o novo público que soube amar tais heróis. Entretanto, o que essa introdução tem a ver com a Capitã Marvel?

Capitã Marvel” é a resposta para todos os acontecimentos catastróficos no mundo fantástico de Stan Lee e Kevin Feige para o novo público. Mesmo que o Quarteto Fantástico e Homem-Aranha não façam mais as suas partes como heróis principais (ainda), Capitã Marvel ganha um notório destaque. Nos cinemas, a missão de Anna Boden e Ryan Fleck, na direção, foi entregar um filme de grande peso a todos – não só pela questão social, do fato de ser o primeiro filme solo com uma mulher protagonista, como também mostrar ao público o porquê dela ser tão forte –, cuja personagem será capaz de derrotar o Titã Louco. Isso é tão significativo que, a data de estreia, será no dia das mulheres, nos Estados Unidos; no Brasil, será na quinta-feira por ser o habitual, porém, também condiz com a data comemorativa.

Será que o peso da Capitã Marvel foi realmente entregue neste filme? Bem, com toda certeza isso irá ser uma dúvida para todos, pois o seu amigo poderá achar uma coisa e você totalmente outra. As expectativas altas não foram superadas e àqueles que estavam se privando do filme, pode ter certeza que conseguirá achar o filme bem divertido. O drama contém inúmeros aspectos positivos como uma obra bastante considerável, modelado para ser certinho e responder certas perguntas da galera. Onde os Skrulls estavam neste tempo todo? Como Nick Fury adquiriu o tapa olho? Quem é Capitã Marvel? E por que ela é tão forte assim? Tudo isso e muito mais tiveram suas respectivas respostas. Subsequente, três atos (introdução, desenvolvimento e conclusão) completamente bem explicados. Talvez, tenha faltado uma certa ousadia.

Como a trama se passa nos anos 90, a preocupação com figurinos, ambientação, trilha sonora e, até mesmo, a computação gráfica de certos personagens foram realizados de modo minucioso. Há diversas referências para a década, ou seja, os que vivenciaram tal época irá curtir. As músicas de fato são dignas de Spotify e Deezer para escutar em seu throwback thursday – conhecido como tbt –. Destaque total à maquiagem de Nick Fury (interpretado por Samuel L. Jackson) e Novato Coulson (interpretado por Clark Gregg), ambos muito bem rejuvenescidos, algo que a Disney/Marvel fazem com louvor!

A edição acompanhada com os efeitos visuais são boas, mas acompanha um roteiro pouco ousado, uma fórmula pré-pronta, mas consegue lembrar bastante “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011), sendo divertido, cheio de suspense, ações bem dosadas e um ótimo filme de heroína. Não há o que reclamar, caso o propósito seja apenas a apresentação de Carol Danvers.

O elenco por si só é recheado de atores conceituados, alguns com Oscars e outros caricatos nas telonas. Brie Larson foge bem deste padrão Disney, bem parecido com o início de Robert Downey Jr. como Tony Stark. Sua estatueta de melhor atriz na prateleira traz consigo um peso enorme, parecido com a protagonista. De fato, Sra. Larson entrega uma mulher forte sem precisar mostrar nada a ninguém, ela é e pronto. Sua atuação é louvável; expressões que emergem o espectador! Cada olhar, um significado, deve ser por isso que ela possui tal estatueta em casa. Aos poucos, compra-se a ideia que Brie Larson é a real Carol Danvers com todas as suas confusões e a vontade de descobrir seu passado. Já conhecemos Fury há uma longa data com acontecimentos antigos da fase 1, 2 e 3, todavia a única diferença é um lado mais cômico de Nicholas, cujo foi muito bem representado – normal – por Samuel L. Jackson. É isso.

Jude Law interpreta Yon-Rogg, um Kree muito emblemático para tais situações com a Danvers, chave importante para diversas batalhas. Seus ajudantes são Minn-Erva (Gemma Chan), a melhor dos ajudantes; Korath (Djimon Hounsou), que já aparecera em “Guardiões da Galáxia” (2014) e dentre outros não tão relevantes para análise. Ronan, interpretado por Lee Pace, possui uma breve aparição, não muito convincente. Agora, Ben Mendelsohn é o que rouba a cena interpretando o Skrull Talos. Ele é engraçado, convincente, carismático e todas as cenas bem representadas. Vale muito a pena entender a história dos Skrulls com ele.

Diante dos fatos supracitados, “Capitã Marvel” é um filme de ação, aventura e fantasia com bastante diversão. Talvez ele não entregue o que o público Marvel esperava para a heroína que – supostamente – acabará com Thanos, o Titã Louco. Entretanto, é bastante agradável e passa uma mensagem muito legal para as meninas/mulheres. O lado do herói de nunca desistir é total dos cantos românticos, por isso não tenha tanta representatividade como gostaríamos que tivesse, mas atende sim às nossas guerreiras! Para finalizar, o filme possui duas cenas pós-créditos, sendo a primeira mais impactante.