Wild Rift: Mudança no competitivo afeta a comunidade do jogo mobile

As recentes declarações parecem ser um pouco precipitada…


A nota lançada avisando sobre o fim do competitivo pegou várias pessoas de surpresa, inclusive os times do cenário, porém para o contexto brasileiro, ainda há um desejo de criar uma liga feminina de Wild Rift, além de eventos presenciais, porém não temos mais informações sobre esse caso. A surpresa do fim do competitivo se une a outros problemas que o Moba mobile vêm acumulando. Desde o seu lançamento conturbado, o Wild Rift vêm sofrendo baixas de usuários, na PlayStore desde o descaso com a comunidade sem ter conteúdo ou atualizações menos espaçadas. Antes o jogo estava disputando pódio com o Free Fire como um dos principais jogos gratuitos, amarga no 6º lugar como um dos jogos mais lucrativos, ocasionando nesse ano em perder o título de um dos melhores jogos na plataforma.

O motivo?

Acho que falo por todos que o adiamento de anos fez o jogo perder um pouco do “Hype”. Exemplos como “Cyberpunk 2077”, “Pokémon Scarlet e Violet” e muito mais, provam que adiar é sinônimo de que às vezes seria uma boa estratégia, mas levando em consideração os meses sem notícias, diferente dos exemplos citados que teve notícias de desenvolvimento periodicamente, não houve nenhum pronunciamento, onde, boa parte dos jogadores apenas soube das novidades através de vazamentos. Não só isso, como o atraso do lançamento do jogo no Brasil, o mesmo que recebeu um dos alphas primeiro. A estratégia era ter o público brasileiro como alvo mas algo parece ter desandado e mudaram totalmente o foco para a região Chinesa.

Fica claro a escolha, a empresa fora comprada pela grande conglomerado Tencent e os escritórios, majoriatariamente, estão no país. Além disso, podemos destacar também que: os personagens e cosméticos lançados também tem o público-alvo o mesmo país.

Seraphine Star Guardian
Seraphine é a primeira campeã chinesa de League of Legends, lançada simultaneamente para League of Legends e Wild Rift, ela homenageia a região, ganhando uma skin tier mítico, além de músicas, uma série de quadrinhos e um perfil pessoal no Twitter. Diversas regiões também receberam personagens baseados na vida real, um exemplo é a Ahri, que homenageia a lenda da Gumiho (Coreia) misturando com a história da Kitsune (Japão).

Skins exclusivas

Cada jogo ambientado em Runeterra tem seu diferencial, Legends of Runeterra, por exemplo, teve o Yone como carta antes mesmo do personagem ser lançado no League of Legends, assim como, Norra – dona da Yuumi – é lançada como uma campeã exclusiva do jogo. Wild Rift não seria diferente, o jogo já no seu primeiro evento lançou uma skin lendária para a Miss Fortune, porém, o LoL recebeu a skin do Aphelios da mesma linha. Sucessivamente, o jogo ganhava novas e novas linhas de skins com efeitos e escolhas de campeões que deixavam os jogadores do LoL entristecidos, por não terem um equivalente no jogo de PC. Porém tudo mudou com a chegada do evento coletivo interjogos: Guardiãs Estelares.

A escolha de campeões para receber as skins na versão mobile fica clara: manipulação emocional. O último evento das Guardiãs Estelares não foi tão lucrativo quanto o esperado, alguns jogadores não esperavam que a história tomasse um rumo tão sombrio, ficando mais parecido com Madoka que outros Mahous Shoujos. Esse revez na história e as versões não purificadas de Rakan e Xayah, deixaram os jogadores abandonados, mesmo com o lançamento da skin prestígio da Soraka, a narrativa da história ficou confusa, já que, a skin representaria um “futuro utópico”. Na descrição da skin está:

Após muitos pedidos as skins purificadas chegaram, porém no Wild Rift, sendo adquiridas comprando o passe do evento e fazendo “griding” através das partidas e missões. A insatisfação dos jogadores do League of Legends foi instantanêa. Além do casal vastaya, a sentinela Senna, Orianna e Seraphine, campeãs que tinham diversas fanarts sendo imaginadas nesse universo também foram selecionadas, além de serem protagonistas de uma história no cliente do jogo, com um jogo de turnos, também tiveram quadrinhos (tendo duas versões: uma animada com dublagem e a versão tradicional). Alguns jogadores criaram diversas teorias: o evento tentou trazer audiência para o jogo mobile de forma suja. Além de ter que escolher entre o LoL e o WR, a Tecent pegou campeões populares e esperados de receber skin no LoL visando o lucro e a popularização do game, sofrendo com as consequências citadas anteriormente. A líder de cosméticos do League of Legends, TinyBuns, em seu Twitter em nota sobre as skins temporárias que todos os jogos tem suas estratégias para gerar audiência, no caso do Wild Rift são as skins exclusivas.

O que esperar do futuro?

A Riot Games é uma empresa, assim como qualquer outra, ela tem trilhado uma jornada de presar o lucro a qualidade. Por ser uma região popular, obviamente, era de se esperar algumas linhas de skins que tenha como público-alvo a Ásia em geral, mas lançar 3 linhas seguidas de robô. A título de comparação, veja as linhas de skins lançadas em ordem cronologica no League of Legends:

  • Sabugueiro;
  • Rosa de Cristal e Definhada;
  • Porcelana;
  • Lâmina do Trovão;
  • Ekko Arcane;
  • Abelinha;
  • Esquadrão Anima;
  • Arcana;
  • Eclipse;
  • Temática Rei Destruído (Lore parte 1);
  • Velho oeste;
  • Canção do Oceano;
  • Fliperama;
  • Lua Nevada;
  • Guardiãs Estelares T. 4;
  • Monstrinhos de Bolso;
  • Trajes de Batalha;
  • Temática Rei Destruído (Lore parte 2);
  • Zenith Games;
  • Noite apavorante;
  • Florescer espiritual;
  • Empíreo;
  • Embalos no Espaço;
  • Benção do Inverno.

Em destaque em negrito ficarão marcados os que tem temática oriental, independente do público-alvo, em amarelo, ficarão as skins populares na Ásia. A Riot Games tinha prometido mais skins no ano de 2022, prometeu e cumpriu a promessa, porém para quem? Espera-se que a empresa crie mais linhas de skins fugindo do eixo asiático, por mais que seja menos lucrativa nos continentes asiáticos, pode criar uma sensação de “eu também sou público de LoL/WR/LoR”, independente da região.