Midsommar | Crítica

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Análise sobre o filme “O Mal não Espera a Noite – Midsommar”, da A24 e DFW (convite da Paris Filmes), aqui no site Cebola Verde.Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: O Mal não Espera a Noite – Midsommar (Midsommar)

Estreia: 19 de setembro de 2019 (Brasil) – 2h 27min

Direção: Ari Aster

Elenco: Florence Pugh, Jack Reynor, Will Poulter, William Jackson Harper, Archie Madekwe, Henrik Norlén, Anders Beckman, Julia Ragnarsson

Gênero: Terror

Distribuidora: Paris Filmes


Depois da sua grande estreia como diretor em Hereditário (2018), Ari Aster entrou no radar de muitos amantes dessa nova onda de terror. Sem ter visto o primeiro filme, nem ter acompanhado o hype pelo segundo longa do diretor, eu fui com expectativas nulas e talvez essa tenha sido crucial para minha experiência com esse longa em particular; o filme me surpreendeu muito!

Esse é claramente um filme que dividirá opiniões, mas ele com certeza não foi feito para todo mundo. Ele é tenso, sufocante, grotesco e, às vezes, até cômico.

Particularmente, eu me envolvo muito com tramas de terror que não apelam para os recursos tradicionais para assustar o público, como o famigerado jumpscare. Recurso esse que me fez gostar menos de “IT – Capítulo 2“. E me impressionei com o filme não ter um jumpscare sequer, toda tensão e horror vêm das atuações incríveis, do gore, do clima de que a qualquer momento tudo vai desandar, que alguma coisa está muito errada naquela aldeia, que há algo muito errado com aquelas pessoas.

Comentando sobre as atuações  a Florence Pugh, que interpreta a protagonista Dani, dá um show. Ela merece uma indicação às principais premiações , o elenco inteiro está ótimo, mas ela carrega esse filme. Como alguém que sofre de ansiedade, foi muito fácil me conectar com essa personagem, principalmente porque ela retrata sem estereótipos como é viver com crises que podem vir à qualquer momento.

Os aspectos técnicos são outra ostentação do diretor que parece ter o controle absoluto de cada detalhe do filme. A direção de arte é impecável e crucial, a fotografia deslumbrante e a trilha sonora precisa. Talvez a única falha grave do roteiro fosse a comédia, pois ela funciona muito bem, todavia não é o suficiente para aliviar a claustrofobia que o filme causa – principalmente no segundo ato, que parece se alongar demais.

Como irmão de espírito de filmes como A Bruxa (2015), talvez ele decepcione os fãs de um terror mais tradicional. Entretanto, se você estiver aberto para novas experiências com o gênero, esse com certeza é um filmão.