Lançado em 1965, o livro Duna, escrito por Frank Herbert, é uma das obras mais relevantes e populares da ficção científica em todos os tempos. O texto é um dos precursores do movimento new wave, também conhecido como “soft”, que levou ao segmento uma abordagem menos técnica, diferente do que se popularizou até a primeira metade do século 20. Fã da história, o canadense Denis Villeneuve assumiu o desafio de adaptar ao cinema a grandiosidade do livro. O resultado foi um filme lançado em outubro de 2021, estrelado por nomes como Zendaya, Timothée Chalamet, Javier Bardem, Jason Momoa e Rebecca Ferguson, que já arrecadou US$ 383,3 milhões (R$ 2,1 bilhões) em bilheteria e agora está disponível aos assinantes do hub de conteúdo Watch.
O longa se passa em um futuro distópico e um planeta diferente da Terra. O corpo celeste chamado de Arrakis, mais conhecido como Duna, é um ambiente desértico e inóspito, mas um dos poucos lugares do universo que possuem a substância rara conhecida como “melange”, cuja lista de benefícios inclui aumentar a vida humana, fazer com que as pessoas cheguem à velocidade da luz e viabilizar as viagens espaciais.
Duna é comandada pelo duque Leto Atreides, interpretado por Oscar Isaac, que para salvar o futuro de seu povo envia para uma missão o filho Paul Atreides (Timothée Chalamet, indicado ao Oscar por “Me Chame pelo Seu Nome”, de 2017). O objetivo é proteger esse elemento raro, também disputado pelo povo fremen e pela Casa Harkonnen, numa estrutura narrativa que foi concebida por Herbert como metáfora para a guerra pelo petróleo.
O filme foi concebido para ser o primeiro de uma série, e por isso retrata apenas parte do enredo desenvolvido no livro. Essa decisão tem a ver com tentativas anteriores de adaptar a obra. A primeira incursão cinematográfica pelo universo de Herbert aconteceu nos anos 1970, liderada pelo diretor chileno Alejandro Jodorowsky, com visual desenvolvido pelo cartunista Moebius, músicas do Pink Floyd e um elenco com nomes como Orson Welles, Gloria Swanson, Mick Jagger e Salvador Dalí. O projeto saiu totalmente de controle, estourou o orçamento e gerou um longa com mais de dez horas.
Em 1976, o produtor italiano Agostino “Dino” de Laurentiis tentou novamente adaptar Duna. O projeto foi endereçado inicialmente a Ridley Scott, que saiu ainda na pré-produção, e acabou nas mãos de David Lynch, que sequer conhecia o livro. Lynch já demonstrava naquela época um trabalho fortemente autoral, e isso bateu de frente com a visão do produtor, extremamente minucioso e controlador. O resultado foi uma obra com duas linguagens absolutamente distintas, com enorme dificuldade para ser concisa – o primeiro corte tinha mais de quatro horas de duração. Lançada em 1984, a obra foi um fracasso de bilheteria e posteriormente ganhou status de “cult”.
A nova versão para a história, comandada por Villeneuve, foi produzida pela Legendary Entertainment e distribuída pela Warner Bros. Para assistir ao filme basta acessar a plataforma e alugar o conteúdo por 48 horas: https://watchbr.com.br/