Análise sobre o filme “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes”, da Paramount Pictures (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde.
Confira a ficha técnica da trama:
Nome: Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves)
Estreia: 13 de abril de 2023 – 2h 14min
Direção: Jonathan Goldstein (XII) e John Francis Daley
Elenco: Chris Pine, Michelle Rodriguez, Regé-Jean Page, Justice Smith, Sophia Lillis, Chloe Coleman, Daisy Head, Hugh Grant
Distribuidora: Paramount Pictures
Gênero: Fantasia, Aventura
Com uma proposta descontraída, “Honra Entre Rebeldes” é uma boa diversão de domingo para os amantes de fantasia e RPG. Mas, o que seria “RPG”?
Bem, RPG é a sigla em inglês para role-playing game, um gênero de jogo no qual os jogadores assumem o papel de personagens imaginários, em um mundo fictício. A dupla direção de Jonathan Goldstein e John Francis Daley traz com seu roteiro a alma deste gênero, uma aventura divertida, dinâmica e desprentesiosa. Aliás, o filme faz parecer que é um amontoado de acontecimentos ao mesmo tempo, os quais não chegam nunca na main quest (missão principal), e traz consigo a ideia de side quests (missões secundárias) – importante para o aprimoramento do seu personagem. Talvez pareça confuso, mas é bem distribuído ao longo dos três atos.
A história mostra um ladrão encantador e um bando improvável de aventureiros que armam um plano para recuperar uma relíquia perdida. Mas as coisas vão perigosamente mal quando eles encontram as pessoas erradas.
É interessante dizer que o filme traz uma epicidade de cenários grandiosos e batalhas de espadas ou magias; isso tudo com um elenco carismático. Cada personagem no filme tem sua classe: bardo, feiticeiro, ladrão, guerreiro, druida e por aí vai, como um bom RPG. Talvez o espectador que não conheça tanto esse mundo, irá se lembrar de clássicos fantasiosos como “Game of Thrones” ou “Senhor dos Anéis”, e de fato, muito dessas obras saíram desse gênero de fantasia. Nesse quesito ambientação, o filme transmite muito bem – por exemplo, cenas de ação dentro das famosas dungeons (cavernas) com dragão. Até mesmo com referências caricatas do mundo virtual do RPG.
Como havia citado, o elenco faz a diferença para a obra. Chris Pine entrega o bardo Edgin com muito carisma, emoção e expressões convincentes do que está sendo proposto para seu personagem. Já Justice Smith entrega uma atuação mágica… Brincadeiras à parte, o feiticeiro Simon Aumar também é divertido e farofeiro. Destaco os dois por apresentarem uma conexão muito agradável de se ver no filme. O que custa ajudar bastante na trama. Sophia Lillis é Doric e Michelle Rodriguez é Holga, ambas também funcionam muito bem na trama junto aos colegas de equipe. Facilmente asssociado a uma história de RPG de mesa. E o Hugh Grant faz o vilão Forge Fitzwilliam, cujo há pouco tempo de tela, mas entrega bastante em sua atuação e quase não dá para ser levada a sério. Vale destacar a breve aparição também do ator de “Bridgerton”, Regé-Jean Page, que faz Xenk. É cômica e impositiva de uma maneira suave.
Entretanto, o que pode fazer os fãs dos gêneros se decepcionarem, e que senti falta, é a falta de uma caracterização mais ousada do ambiente de RPG. Poderia haver mais monstros, e até mesmo, figurinos mais rebuscados e menos comuns. Pois o filme traz muito o mundo fantasioso para o real. Apenas com uma referência conhecida pelo público do gênero, o espectador vê esse diferencial. Há momentos que poderiam ser facilmente injetados mais referências deste mundo fantasioso.
Diante dos fatos supracitados, “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes” é um grande filme de aventura fantasioso que engloba um tema batido de personagens, mas se supera com a diversão de uma tarde de domingo acompanhado de um elenco super carismático. Com uma ambientação épica e um figurino que poderia ser melhor, as cenas de ação são interessantes e vivemos num mundo de superação.
