Amor(es) Verdadeiro(s) | Crítica

"Amor(es) Verdadeiro(s)": Adaptação do livro de Taylor Jenkins Reid decepciona com roteiro bagunçado e trabalho amador

Análise sobre o filme “Amor(es) Verdadeiro(s)”, da Diamond Films (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama:

Nome: Amor(es) Verdadeiro(s) (One True Loves)

Estreia: 18 de maio de 2023 – 1h 40min

Direção: Andy Fickman

Elenco: Phillipa Soo, Luke Bracey, Simu Liu

Distribuidora: Diamond Films

Gênero: Romance, Drama


O filme “Amores Verdadeiros” frustra as expectativas ao trazer uma adaptação do livro de Taylor Jenkins Reid. A trama, que busca escapar dos clichês convencionais, acaba falhando nesse intento. A autora colaborou ativamente com seu marido, Alex, no processo criativo do roteiro.

A história gira em torno da vida de Emma (Phillipa Soo), que enfrenta inúmeros dramas pessoais. Após perder o marido, Jesse (Luke Bracey), em um acidente de helicóptero, ela busca reconstruir sua vida e encontra refúgio em uma cidade tranquila, junto à sua família.

Após passar pelo processo de luto, Emma reencontra Sam (Simu Liu), seu melhor amigo dos tempos de escola, que sempre foi apaixonado por ela. Eles se reconectam, se apaixonam e ficam noivos. No entanto, a felicidade de Emma é abalada quando recebe um telefonema informando que Jesse está vivo e retornando para casa.

Apesar do envolvimento direto de Taylor Jenkins Reid na elaboração do roteiro, o filme acaba se tornando caricato e não atende às expectativas de corrigir as inconsistências presentes no livro. Esperava-se mais, especialmente após o sucesso da série “Daisy Jones and the Six”, produzida pela Prime Video.

 

Foto: Reprodução/Internet

A narrativa mescla passado e presente, o que acaba confundindo o espectador, principalmente aqueles que não tiveram contato com o livro. Além disso, músicas sem sentido são inseridas de forma inoportuna, comprometendo a produção.

Em relação às atuações, assim como no livro, Simu Liu conquista o público, enquanto Luke Bracey tem sua história mal explorada, sem explicar como ele sobreviveu durante quatro anos em uma ilha remota. O luto de Emma, que ela acreditava ter durado todo esse tempo, é resumido em apenas três minutos.

Embora haja momentos emocionantes em que os personagens deveriam chorar, isso não ocorre. Phillipa Soo e Luke Bracey têm pouco destaque em comparação a Simu Liu e outros personagens secundários, como a irmã de Emma interpretada por Michaela Conlin.

A edição do filme deixa a desejar, com cortes entre as linhas do tempo pouco fluidos. A técnica de fade in e fade out parece ser a única conhecida pelo editor.

No entanto, a partir da metade do filme, a história se torna mais interessante quando Sam desabafa sobre sua situação amorosa com a turma em que dá aula de música na escola. O momento mais envolvente ocorre quando Jesse finalmente lê a carta que Emma escreveu para ele anos atrás, falando sobre seu recomeço.

“Amor(es) Verdadeiro(s)” é uma decepcionante adaptação que lança dúvidas sobre a qualidade futura de filmes baseados em obras literárias. Foi uma experiência ruim, marcada por inconsistências e rapidez. No entanto, ainda mantemos a esperança de que futuras adaptações, como “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, sejam melhores e conquistem o público.

Amor(es) Verdadeiro(s)
Sinopse
Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente.
Pontos positivos
Bom cenário e ambientação
Atuação aceitável
Pontos negativos
Roteiro ruim
Não tem muito da história original
0.5
Notas