Um Lugar Silencioso: Dia Um | Crítica

Um silêncio perigoso até demais ao ver...

Análise sobre o filme “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, da Paramount Pictures (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama:

Nome: Um Lugar Silencioso: Dia Um (A Quiet Place: Day One)

Estreia: 27 de junho de 2024 – 1h 39min

Direção: Michael Sarnoski

Elenco: Lupita Nyong’o, Joseph Quinn (VII), Alex Wolff

Distribuidora: Paramount Pictures

Gênero: Drama, Terror, Suspense


“Um Lugar Silencioso: Dia Um” chega com grandes expectativas, carregando o legado dos filmes anteriores que redefiniram o gênero de terror com seu conceito inovador de silêncio mortal. No entanto, apesar de alguns acertos, o filme dirigido por Michael Sarnoski não consegue alcançar totalmente o impacto dos seus antecessores.

Uma Nova Perspectiva

Situado no início da invasão alienígena, “Dia Um” explora o caos inicial antes das rígidas regras do silêncio serem estabelecidas. Essa premissa prometia uma visão diferente e mais dinâmica da invasão, mas, em vários momentos, o filme se apoia demais em clichês de filmes apocalípticos, perdendo a originalidade que marcou os primeiros filmes da franquia. A narrativa, embora competente, é previsível, e falta o mesmo nível de tensão sustentada que tornou os outros filmes tão cativantes.

Atuação e Desenvolvimento de Personagens

Lupita Nyong’o e Joseph Quinn lideram o elenco com performances sólidas, mas os personagens que interpretam não são tão memoráveis ou desenvolvidos quanto os da família Abbott nos filmes anteriores. Nyong’o traz uma intensidade emocional para seu papel, mas a falta de profundidade no roteiro limita seu potencial. Quinn, por sua vez, entrega uma performance decente, mas seu arco de personagem se sente apressado e superficial.

Design de Som e Atmosfera

O design de som, um dos pilares da franquia, continua a ser um ponto forte em “Dia Um”. No entanto, a novidade do silêncio mortal já não tem o mesmo impacto inovador, e o filme luta para encontrar maneiras frescas de utilizar esse recurso. A trilha sonora de Marco Beltrami é eficaz, mas previsível, muitas vezes caindo em armadilhas comuns de trilhas sonoras de terror.

Expansão do Universo

Embora o filme introduza novos elementos, como diferentes tipos de criaturas e novas comunidades de sobreviventes, essas adições não são exploradas em profundidade. A tentativa de expandir a mitologia da franquia é louvável, mas acaba sendo subutilizada, deixando várias questões sem resposta e oportunidades narrativas sem explorar.

Conclusão

Diante dos fatos supracitados, “Um Lugar Silencioso: Dia Um” é um filme mediano que, apesar de seus méritos, não consegue alcançar o mesmo nível de excelência de seus antecessores. Ele oferece uma visão interessante do início da invasão e mantém alguns dos elementos que fizeram a franquia se destacar, mas falta a inovação e a profundidade que poderiam ter elevado o filme. Para os fãs da série, é uma experiência que vale a pena, mas sem as mesmas surpresas e emoções dos filmes anteriores.

Este prequel mostra que a franquia ainda tem potencial para contar histórias cativantes, mas precisará de uma abordagem mais ousada e original para recapturar a magia que a tornou tão bem-sucedida.

Um Lugar Silencioso: Dia Um
Sinopse
Uma mulher luta pela sobrevivência durante uma invasão alienígena na cidade de Nova York.
3
Notas