Análise sobre o filme “Super Mario Bros. – O Filme”, da Illumination (a convite da Universal Pictures), aqui no site Cebola Verde.
Confira a ficha técnica da trama:
Nome: Super Mario Bros. – O Filme (The Super Mario Bros. Movie)
Estreia: 07 de abril de 2023 – 1h 32min
Direção: Aaron Horvath e Michael Jelenic
Elenco: Chris Pratt, Anya Taylor-Joy, Charlie Day, Jack Black, Keegan-Michael Key, Seth Rogen
Distribuidora: Universal Pictures
Gênero: Animação, Ação, Aventura, Comédia, Família
Com uma direção bem simpática e bem-humorada de Aaron Horvath e Michael Jelenic (Os Jovens Titãs em Ação!), o bigodudo mais amado do mundo dos games está de volta às telonas com uma missão bem caricata. Dispensando quaisquer dúvidas que o filme live-action de 1993 foi um erro grotesco e nunca mais será repetido no universo do Mario e seus grandes amigos.
Em Super Mario Bros. – O Filme, Mario (Chris Pratt) é um encanador qualquer no bairro de Brooklyn, nos Estados Unidos, junto com seu irmão Luigi (Charlie Day). Um dia, Mario e Luigi vão para no reino dos cogumelos, governado pela Princesa Peach (Anya Taylor-Joy), mas ameaçado pelo rei dos Koopas, Bowser (Jack Black), que vai fazer de tudo para conseguir reinar todos os lugares. É quando Luigi é raptado por Bowser e o usa para procurar Mario, o único capaz de deter o Koopa e reestabelecer a paz entre os reinos. Mario terá que aprender como viver nesse novo reino perigoso, passando por vários biomas, aprender a dirigir karts, utilizar itens que o fazem soltar bolas de fogo das mãos, virar um animal e andar em plataformas nada confiáveis. Também estará acompanhados de amigos, como Toad (Keegan-Michael Key) e Donkey Kong (Seth Rogan).
As adaptações dos jogos estão em ascensão nos cinemas. Dessa vez, a Illumination; criadora de grandes animações como “Meu Malvado Favorito“, o derivado “Minions” e “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta“; fez uma bela parceria com a Nintendo, criadora de conceituados videogames e da franquia Mario. Contrariando adaptações atuais que focam no live-action (e até mesmo aquele primeiro filme), esse formato de animação potencializou muito a exploração desse universo. Aliás, há um acréscimo de informação sobre como seria o surgimento do protagonismo do Mario como humano, o início do mito. Mesmo o roteiro fazendo o básico – e muito necessário – sem enrolações e indo direto ao ponto, conecta diversas sagas dos games de maneira fluida com várias referências.
O que há de mais interessante é a estética que o filme propõe. Não é de hoje que a Nintendo valoriza o seu próprio formato gráfico bem caricatos – sim, conversadores, mas marcantes! E a Illumination valorizou esse aspecto com uma profundidade incrível, cujos elementos na tela dão a impressão de estarem todos vivos. Assim, mostra-se vida e dinamismo entre esses elementos que estão muito bem organizados. Ressaltando suas movimentações, frases icônicas, itens e personalidades marcantes dentro desse universo.
E mais: o conceito que há de ser visto é como se o espectador estivesse passando de fase com o Mario, mesmo que a narrativa seja simples, como o próprio criador desse universo, Shigeru Miyamoto, fala sobre sua criação. Ele valida mais a experiência do game do que uma história bem contada. A ideia se limita a “não desistir”, como morremos inúmeras e inúmeras vezes jogando os games de plataforma. Dito isso, vale a experiência de nostalgia para os que nasceram jogando e vale a experiência de aventura para os que começaram agora.
Outro fator para os espectadores brasileiros é o altíssimo nível da dublagem brasileira, que traz referências da nossa cultura e dá uma leveza sem igual com a obra. Vale destacar que isso propõe uma aproximação muito melhor para tal público e contribuí bastante para destacar as personalidades dos personagens: Mario, um rapaz destemido e que nunca desiste; Luigi, um rapaz mais cauteloso, mas que faz de tudo para o seu irmão Mario; Princesa Peach, que tivera uma grande reformulação como uma mulher forte e imponente que não precisa de ninguém para ser salva (referência total do jogo Super Mario Odyssey – Nintendo Switch); Toad, um cogumelo explorador muito do aventuresco; Donkey Kong, fanfarrão e exibicionista; e Bowser, um koopa gigante maligno, obsessivo e cantor.
Diante dos fatos supracitados, Super Mario Bros. – O Filme é uma incrível adaptação do mundo do maior bigodudo dos games entre Nintendo e Illumation. Com um roteiro básico, mas preciso, e uma narrativa muito agradável, nostálgica e simpática, traz uma diversão sem igual para os amantes desse universo do Mario, como os novos que vão assistir e conhecer. A sensação é que estamos o tempo todo dentro daquele universo e jogando junto ao Mario para resgatar o seu irmão. Destacando a estética incrível, a trilha sonora padrão Nintendo, personagens divertidíssimos (uma aproximação ainda maior quando é visto dublado em português) e conexões que os jogadores vão amar. É, bastante referência, fan service e piadas que funcionam!