Meu Amigo Enzo | Crítica

Análise sobre o filme “Meu Amigo Enzo”, da 20th Century Fox (convite da Fox Film BR), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Meu Amigo Enzo (The Art of Racing in the Rain)

Estreia: 08 de agosto de 2019 (Brasil) –

Direção: Simon Curtis

Dubladores: Milo Ventimiglia, Amanda Seyfried, Martin Donovan, Kathy Baker, Ryan Kiera Armstrong, Gary Cole, Andres Joseph, Ian Lake

Distribuidora: 20th Century Fox


“Meu amigo Enzo” (The Art of Racing in the Rain) é um filme narrado pelo cão Enzo, um terrier que vive em Seattle com seu dono, Denny Swift (Milo Ventimiglia), um piloto de corridas. Enzo o acompanha desde a trajetória profissional que luta para se tornar um piloto profissional bem-sucedido, até sua vida pessoal, estabelecendo uma família com a chegada de Eve (Amanda Seyfried).

Dirigido por Simon Curtis (Sete Dias com Marilyn, A Dama Dourada) e baseado no livro homônimo de Garth Stein, com os mesmos produtores de “Marley & Eu” (2008), o filme claramente tenta alcançar o mesmo público com um elenco carismático e uma proposta diferente. Todo o filme se passa na perspectiva do cachorro Enzo, e também, é narrado por ele; o que permite novas formas de contar uma história nem um pouco original de uma forma menos cansativa.

Entretanto na mesma medida se torna um problema ao desenvolver algumas relações. A personagem que mais sofre disso é Eve, vivida pela Amanda Seyfried (Mamma Mia, Querido John), que passa muito tempo do filme longe da visão do cão, dificultando a credibilidade do público na relação da personagem com o cão, relação essa que é crucial para o desenvolvimento do filme. Apesar do roteiro pobre, a atriz se sai muito bem! Aliás, todos os atores parecem entregar performances maiores do que o próprio roteiro pede, principalmente o Milo Ventimiglia (This Is Us, Heroes), que parece carregar o filme com seu carisma.

Kevin Costner (O Guarda-Costas, Dança com Lobos) empresta ao cão sua calorosa voz, que aproxima o público à mente de Enzo, porém o roteiro cai na velha armadilha das narrações: Contar o que poderia ser mostrado, e narrar coisas que já vemos em tela. Fazendo-me questionar se era realmente necessário tal recurso de roteiro. Recurso esse que, a própria montagem do filme parece não ter entendido muito bem, pois ela é apressada e faz acreditar que o filme está perto de acabar ainda no primeiro ato. Em contraponto ajuda a dar dinamicidade ao longa.

Os demais aspectos técnicos não saltam os olhos em nada. A fotografia poderia se resolver melhor, principalmente por acompanhar a visão do cão. Falta inventividade, criatividade, como tudo nesse filme. Se você gosta de filmes desse gênero e não segura uma lágrima ao ver um cachorro triste, talvez esse filme seja para você, mas não espere nada além disso.