Análise sobre o filme “A Pequena Sereia”, da Disney (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde
Confira a ficha técnica da trama:
Nome: A Pequena Sereia (The Little Mermaid)
Estreia: 25 de maio de 2023 – 2h 15min
Direção: Rob Marshall
Elenco: Halle Bailey, Javier Bardem, Melissa McCarthy, Jonah Hauer-King, Daveed Diggs, Awkwafina, Jacob Tremblay
Distribuidora: Disney Pictures
Gênero: Drama, Musical, Aventura
Revisado por: Natália Lisboa
Baseado no romance de Hans Christian Andersen, o filme “A Pequena Sereia” é uma nova versão da animação com o mesmo nome lançada em 1989. Contando a história de Ariel, uma sereia sufocada com a vida no mar, que almeja sair e viver com os humanos. A história já conhecemos, mas e se tivesse uma repaginação dela?
Nessa nova versão, temos a talentosa Halle Bailey como Ariel, trazendo vocais angelicais para a personagem! Logo nas cenas iniciais, o filme diverge do desenho original, no qual Ariel deveria cantar em um coral com suas irmãs. No Live Action, por sua vez, é apresentada uma reunião dos Corais (um trocadilho não proposital). Outra mudança é a etnia das irmãs de Ariel, filhas do Rei Tritão (Javier Bardem). Anualmente, eles se reúnem para discutir como estão as outras partes dos mares. A ausência de Ariel, assim como no desenho, deixa o Rei Tritão furioso, descontando sua frustração na filha mais nova. Essa cena inicial pode ter uma abordagem diferente, mas transmite a essência do filme: uma similaridade atualizada. A repaginação é fiel e agradável, o que tornará o filme um clássico no acervo da Disney, sendo mais uma obra de sucesso de Lin-Manuel Miranda, produtor do filme e responsável pela atualização das letras e arranjos.
De modo geral, o elenco atua muito bem, com destaque para Melissa, Halle e Javier, que se encaixam perfeitamente em seus papéis. Quanto à direção de fotografia: é um deleite para os olhos, o resultado final nos transpõe para o fundo do mar, ademais, o filme só abraça a escuridão dos mares em cenas pontuais, sendo em cenas noturnas ou em partes abissais do fundo do mar. As partes musicais, assim como as letras atualizadas, combinam perfeitamente com o filme, trazendo adições sem perder a essência original.
Sobre a polêmica de Linguado (Jacob Tremblay) e Sebastião (Daveed Diggs) estarem muito fiéis às suas versões da vida real: isso não compromete a experiência, apenas as suas participações mais pontuais (e menores) podem chatear os fãs dos personagens, já que, seu tempo em tela foi ligeiramente reduzido, porém, o Sabidão aparece mais. Um ponto que me incomodou um pouco foi a Úrsula (Melissa McCarthy) não ter sido interpretada por uma Drag Queen. Ser inspirada em Divine (Personagem de “Pink Flamingos” conhecida pelo título de pessoa mais asquerosa do mundo) como pode ser observado na imagem a seguir: a semelhança é enorme!
Melissa inclusive disse ter se inspirado em Drag Queens, respeitando o legado de Divine, em entrevista para o Entertainment Weekly a atriz disse:
“Eu sou uma enorme, grande fã de shows de drags e toda a arte e o entretenimento delas”, disse a atriz. “Eu tenho ido a shows desde quando eu não podia. Há uma drag queen que vive em mim. Estou sempre à beira de ir em tempo integral com ela.”
Além disso, o filme apresenta alguns pequenos erros de continuidade que só olhos bem atentos podem notar. No entanto, é importante ressaltar que esses erros não comprometem a experiência como um todo.
E então, o que achamos de “A Pequena Sereia”?
No geral, a versão atualizada de “A Pequena Sereia” tem potencial para fazer sucesso e conquistar o coração de muitas pessoas, tornando-se um dos filmes favoritos de toda a família. A representatividade é sempre muito importante, e o fato de Ariel ser representada por uma atriz negra não afetará em nada a versão original ou a vida adulta dos espectadores. No entanto, isso fará diferença para as crianças que poderão se enxergar como uma princesa da Disney.