Pesquisa de satisfação realizada com público presente no primeiro dia aponta nota 9.1 de satisfação dentro da Cidade do Rock, a mesma da edição de 2017.
Um é pouco, dois é bom… nove é incrível! No maior Rock in Rio de todos os tempos, o que não faltam são espaços que colocam a música como grande protagonista da festa. E a incansável busca por novidades e por apresentar ao público um cardápio tão variado de atrações e novidades a cada edição pode ser resposta para pessoas tão felizes dentro da Cidade do Rock. Uma pesquisa de satisfação encomendada pela organização do evento apontou nota 9.1 de satisfação do público presente no primeiro dia de festival.
E se a chuva não incomodou nem um pouco na sexta-feira, neste sábado não foi diferente. Apesar do tempo nublado e com respingos ao longo do dia, nada tirou a animação das 100 mil pessoas que lotaram a Cidade do Rock. Antes mesmo de chegar ao pórtico de entrada, o público foi recebido por artistas independentes se apresentam no Palco Carioca durante toda a tarde. Logo na entrada, a Rota 85, que faz sua estreia no festival e chega inspirada na icônica estrada que cruza oito estados americanos, traz um cenário vintage com pontos de entretenimento como o Palco Highway. Já para quem ama música e não abre mão de dançar, o New Dance Order é a novidade que está embalando o público até as 4h da manhã. Instalado numa área elevada, o Supernova oferece, junto com as bandas, uma vista privilegiada do parque. O roteiro musical se completa com o Espaço Favela, os palcos da Rock District e da Rock Street Ásia. Além dos já consagrados Sunset e Palco Mundo, que teve momentos surpreendentes – como o encontro inusitado entre Jack Black, do Tenacius D, e o baixista potiguar Júnior Bass Groovador – e a apresentação do headliner Foo Fighters, com direito a pedido de casamento em cima do palco, e animação até o fim do espetáculo.
Ao longo dos sete dias do festival, serão mais 300 shows. Somente o Supernova recebe 35 atrações num total de 1.050 minutos de música. Com uma cenografia inspirada no SteamPunk, subgênero de ficção científica, ele dá voz a artistas que já têm uma legião de fãs em suas apresentações ou nas plataformas digitais. É o caso de Ponto Nulo do Céu, uma das atrações mais aguardadas do espaço hoje, que veio direto de Gravatal, em Santa Catarina, para se apresentar no Rock in Rio. O visual é uma atração à parte e o espaço se transforma em um verdadeiro mirante da Cidade do Rock, com quatro grandes monóculos à disposição do público. E quem dá o tom do local nos intervalos dos shows é a própria plateia que escolhe no Filtr Game, um moderno jukebox, as canções tocadas. “A gente estava pensando em uma forma de engajar as pessoas antes e depois do festival e criamos esse game para poder gerar interações que levem do mundo virtual para o real”, conta Fabio Marques, head criativo da Sony e um dos idealizadores da ação.
Com a proposta de trazer à Cidade do Rock a atmosfera das estradas americanas, o Palco Highway – uma das atrações da novata Rota 85 – contou hoje com o violinista Allyrio Mello e as bandas Cash Crash e Os Caras & Carol. Para João Barbirato, produtor do palco, os shows mantiveram a atmosfera das estradas americanas e ofereceram o melhor do clássico Rock & Country Blues. “A ideia é manter a Rota com essa pegada dos anos 1960, 1970 e 1980. Muita gente que passou por aqui hoje se identificou com o som e parou para acompanhar”, explicou. Enquanto isso, na New Dance Order a regra é dançar e resistir até o apagar das luzes. Essa é proposta do novo espaço da música de pista no Rock in Rio e o último a encerrar suas atividades no parque. Com uma estrutura que impressiona – 65 metros de comprimento e uma cenografia de 1000 metros quadrados, incluindo led – o palco recebe DJs mais renomados do cenário internacional. Diretamente da terrinha, por lá passaram hoje os portugueses Kura, Kamala, Diogo Miranda e Van Breda, que abriu o espaço tocando remix do grupo Queen, em referência ao primeiro festival, em 1985.
Gastronomia para todos os gostos
Andar por uma Cidade do Rock 60 mil metros maior – com um total de 385 mil metros quadrados – ao longo de 14 horas diárias de festival, certamente vai abrir o apetite do público. Opções não faltam. Uma boa parada para se alimentar com conforto em um ambiente descolado climatizado é a Gourmet Square, que reúne 12 lojas e um bar. Com chefes renomados como Henrique Fogaça, Pedro de Artagão e Kátia Barbosa, a área oferece uma culinária variada, cujos preços dos pratos variam entre R$ 13,00 a R$ 40,00. “Gostei muito da organização, da possibilidade de se sentar em um ambiente climatizado e do atendimento ao público. Aqui dentro podemos comer com bastante calma e descansar. Um outro atrativo foram preços bem convidativos. Oportunidade de experimentar uma gastronomia sofisticada e com um precinho melhor”, comenta João Santos, estudante de contabilidade de 20 anos.
Além de lanchonetes, fast foods e lojas de petiscos espalhados por todo parque, a 20ª edição do Rock in Rio também deu vez para a venda de quitutes que fazem sucesso nas favelas cariocas. Junto ao Espaço Favela, 18 empreendedores selecionados pela organização festival em parceria com o Sebrae estão vendendo seus produtos em três bares que compõem a área. Todos receberam treinamentos da Vigilância Sanitária de forma a garantir a qualidade dos produtos do início ao fim do processo – do preparo ao servir. Entres as delícias estão os famosos bolinhos de feijoada, risoles de rabada com agrião e dadinhos de tapioca. Somados os balcões de todas as áreas de comidas e bebidas da Cidade do Rock chega-se a quase meio quilômetro, em um total de 80 pontos de alimentação.
Os destaques da segunda noite no festival
Consagrado como espaço de inusitados encontros nacionais e internacionais, o Palco Sunset reuniu nesta noite os Titãs com os convidados Ana Cañas – que contagiou o público ao se apresentar com um figurino ousado e futurista, relembrando grandes hits dos anos 80 como “Sonífera ilha” e “Flores” – e Edi Rock & Érika Martins. Antes, os Detonautas & Pavilhão 9 já tinham levantado o público com uma mistura de rock da melhor qualidade com muito rap. No show mais esperado da noite no Sunset, os veteranos do Whitesnake reuniram uma legião de fãs e não decepcionaram.
No palco Mundo, a grande expectativa era para uma participação especial no show de Tenacious D. Há menos de dez dias de sua apresentação em solo carioca, o vocalista da banda, Jack Black, postou em sua conta no Twitter um pedido para conhecer pessoalmente o músico brasileiro Júnior Bass Groovador. Pedido feito, pedido aceito pela organização do Rock in Rio, que fez acontecer este encontro. O baixista potiguar que fez sucesso na internet com uma versão estilizada de “Smell like teen Spirit”, do Nirvana, e dessa forma chamou atenção de Jack Black, parecia em casa ao lado do ator e cantor americano.
A abertura do consagrado Palco Mundo, teve os brasileiros do CPM 22 que, junto com os Raimundos, colocaram a plateia para pular e dançar ao som de grandes sucessos do rock nacional. A terceira banda da noite, Weezer embalou o público com hits como “My name is Jonas”, “Island in The Sun” e “Say it Ain’t So”. O grande headliner da noite, Foo Fighters, formado pelo ex-Nirvana David Grohl e Pat Smear, em 1994, confirmou toda a sua popularidade ao garantir a massa da Cidade do Rock voltada para sua apresentação. Os americanos trouxeram sucessos da carreira e ainda emocionaram a todos ao cantar “Love of My Life”, de Queen, uma das mais expressivas da história do Rock in Rio.
Um mundo de atrações
Para aproveitar cada detalhe da Cidade do Rock, que se agiganta a cada edição, é preciso chegar cedo. A partir das 14h, quando os portões se abrem, o visitante já encontra um leque de atividades para os mais variados gostos e estilos. Na Rock District, as meninas da Tritony Violin Trio fizeram um espetáculo mixando os acordes de violino com música eletrônica e rock. Já o Charlie Brown Jr., projeto composto por Marcão Britto (guitarra e vocais), Heitor Gomes (baixo), Pinguim Ruas (bateria) e Panda (Voz) carregavam a mensagem do vocalista Chorão após sua partida, aos 42 anos. A poucos metros dali, o espetáculo argentino Fuerza Bruta lotou a arena nas cinco sessões da atração. Giovana Tóffolo, 32 anos, de Londrina, sentiu na pele a proposta criada pelos idealizadores do espetáculo. “Você se sente parte do show a todo momento. É uma energia incrível, tudo muito intenso. Queria que tivesse mais uma hora de apresentação”, vibrou.
Outra atração que chamou atenção do público foi a NAVE– Nosso Futuro é Agora, que tem a maior projeção da América Latina em uma tela de 5,4 mil metros quadrados. “Estamos muito felizes com a nossa estreia no Rock in Rio. “A NAVE é um chamado poderoso para despertar nas pessoas a vontade de transformar o mundo em um lugar mais bonito, empático e sustentável. Vimos reações emocionadas das pessoas nesse primeiro dia de Rock in Rio e acreditamos que o público está saindo dessa experiência com um olhar transformador, sobre o seu papel no mundo e a relação com os outros e com o planeta”, afirma Maria Paula Fonseca, diretora global da marca Natura.
Para tornar a experiência no maior festival de música e entretenimento do planeta ainda mais interativa, a Cidade do Rock conta com uma infraestrutura robusta, sustentada pelos mais de 360 mil quilômetros de fibra ótica da Oi no Brasil. Foram mais de 11,73 mil conexões simultâneas no Oi Wifi, no segundo dia do festival, e um tráfego de 89,5 Terabytes. Até o princípio da noite desta noite, o consumo de dados já tinha alcançado 15,12 Terabytes.