Eurocopa 2016: PORTUGAL CAMPEÃO!

Heróis do mar, nobre povo
Nação valente e imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória
Ó, Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós
Que há de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Esse fragmento abre o hino de Portugal. Neste domingo, 10, os lusitanos conquistaram um feito inédito: um título com sua seleção principal de futebol. O palco foi o Stade de France, em Paris, contra os anfitriões do torneio. A partida foi para prorrogação e Portugal venceu por 1 a 0, com gol do improvável herói: Éder.

Éder, jogador do Lille, nascido em Guiné Bissau, entrou no segundo tempo do jogo, segurou a defesa francesa e marcou o gol do título - Foto: SwanseaCity.Net
Éder, jogador do Lille, nascido em Guiné Bissau, entrou no segundo tempo do jogo, segurou a defesa francesa e marcou o gol do título – Foto: SwanseaCity.Net

Portugal chegou à final como o azarão: vencera apenas um jogo em 90 minutos durante toda a Eurocopa: foram 3 empates na primeira fase, uma vitória na prorrogação diante da Croácia, nas oitavas de final, uma vitória nos pênaltis, diante da Polônia, após o empate por 1 a 1, nas quartas de final. A vitória foi apenas na semifinal, contra o País de Gales, por 2 a 0. Na grande decisão, tudo parecia conspirar a favor dos franceses: uma seleção com talentos individuais melhores e aparentemente mais bem treinada do que a sua oponente e ainda um bônus: Cristiano Ronaldo saíra machucado de campo antes dos 20 minutos iniciais ao se chocar com Payet.

Foto: Twitter oficial da UEFA
Foto: Twitter oficial da UEFA

Os franceses pressionaram o gol português o tempo todo, o goleiro Rui Patrício foi um grande nome pelo lado de Portugal. Ao final do tempo regulamentar, Gignac quase deu o título para os bleu, mas a trave barrou que o sonho se realizasse. Foi só no segundo tempo da prorrogação que Éder, após se desgarrar da marcação de Koscielny, chutou firme, no canto direito de Hugo Lloris, sem chances para o arqueiro francês.

Portugal se vinga da zebra grega de 2004 ao se tornar a própria zebra em Paris!