Análise sobre o seriado La Casa de Papel da Vancouver Producciones, aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da série:
Nome: La Casa de Papel.
Estreia: 2 de Maio de 2017.
Direção: Álex Pina.
Elenco: Úrsula Corberó, Alba Flores, Álvaro Morte, Paco Tous, Pedro Alonso, Itziar Ituño, Miguel Herrán, Kiti Mánver.
Distribuidora: Netflix, Antena 3.
Após ter sido lançada por completo na rede de televisão Antena 3, no dia 23 de novembro de 2017, a nossa querida Netflix decide então lança-la em seu catálogo, disponibilizando-a para o mundo todo. Com a enxurrada de séries que ultimamente vem sido jogadas, de fato, conseguimos achar uma que se destaca por demais, essa é La Casa de Papel. Até agora, demonstra ser uma das melhores séries disponível na Netflix (Pelo menos para mim), e com certeza merece sua atenção.
O seriado é narrado pela voz da nossa querida personagem Tokio (Úrsula Corberó), uma mulher que perde seu namorado em um assalto, tem uma mãe que tenta entrega-la à polícia, ficando sozinha no mundo e sem nada a perder, recebe o convite do assalto que aparenta ser o mais insano de todos, arquitetado pelo grandioso El Profesor (Álvaro Morte). O assalto consiste em não roubar e não matar, mas sim produzir o próprio dinheiro invadindo a Casa da Moeda da Espanha (Sim, uma Casa da Moeda, para imprimir dinheiro!). O plano de El Profesor foi pensado milimetricamente em cada ocasião que poderá ocorrer, demorando alguns muitos anos de sua vida, mantendo-se sempre um pé a frente da polícia. Após o plano estar completo, Profesor convoca mais 7 pessoas e os ensina sobre o plano durante 5 meses em uma casa abandonada, especificamente para participar do assalto. Rio (Miguel Herrán), Nairóbi (Alba Flores), Berlim (Pedro Alonso), Moscou (Paco Tous), Denver (Jaime Lorente), Helsinque (Darko Peric) e Oslo (Roberto García Ruiz), cada um deles com uma habilidade especial, que em conjunto os tornam capazes de conclui-lo.
Os personagens principais, com exceção de Oslo e Helsinque (Os quais basicamente são só soldados, aparentemente tem pouco a contar), são muito bem trabalhados, fazendo você odiá-los ou ama-los (Ou os dois ao mesmo tempo), culpa também da ótima atuação deles, causando o que eu mais gosto em uma série/filme, a submersão total nos atores. Por enquanto não temos a história completa de todos (Ou se vamos ter), mas se torna satisfatório, pois esclarece o motivo de estarem fazendo aquilo, todos expõem seus objetivos e demonstram querer. Na mansão abandonada, em flashbacks, vemos os laços “proibidos” sendo formados, onde principalmente há o aprofundamento nas relações dos personagens, o que acho fantástica a forma que a série acaba nos envolvendo ainda mais. O mais legal disso tudo é que, mesmo como assaltantes, fazem questão de mostrar seu lado humano, suas inseguranças, dúvidas e até mesmo relacionadas ao amor, mesmo com o objetivo de não se apegarem, você percebe que acabam se tornando amigos mesmo não podendo.
Desde a filmagem e o ambiente, posso dizer que amei. Sendo apenas uma casa da moeda, com poucos cenários “disponíveis”, aqueles que aparecem são bem aproveitados ainda mais em momentos felizes, onde vemos os assaltantes conversando, trocando ideias em suas refeições, passando uma sensação de leveza e tranquilidade, o que pouco acontece já que geralmente tem uma pegada bem tensa. A trilha sonora do filme é extremamente imersiva, intensificando todo o sentimento transmitido, principalmente em momentos tensos e decisivos. Os diálogos são sensacionais, principalmente entre Raquel Murillo (Itziar Ituño), a negociadora, e nosso querido Profesor, sendo sempre imprevisíveis e descontraídos… e os de Berlim, que possui o papel de liderança e o executa de forma sensacional.
Sendo uma série policial ao lado dos bandidos e um pouco de comédia e romance, tendo seus aspectos únicos, é uma série viciante e prazerosa de assistir. Definitivamente me surpreendeu do começo ao fim, deixando-me muito ansioso para a próxima temporada, e particularmente acho que todos deveriam tirar um pouco de seu tempo para acompanha-la.