Faixa é um agradecimento da artista para sua bisavó.
Olívia de Amores é muitas artistas em uma. A cantora, compositora e multi instrumentista mostra variados lados de sua persona criativa no clipe de “Sankyu”, onde assume todos os instrumentos e assina a roteiro e direção. Em meio à dualidade de imagens em preto e branco e múltiplas cores, a artista homenageia a bisavó, Olívia Morais da Silva Negreiros, falecida em 2016. A produção é uma realização da Zenistesia.
Nessa nova canção, Olívia de Amores brinca com sonoridades. Da similaridade fonética de “Sankyu” com “thank you”, a composição ganha novas camadas na medida que progride. Iniciada apenas ao piano, ela recebe aos poucos guitarra e bateria, e sai do cenário de uma sala sóbria para as luzes de uma boate, glitter e confetti. Da tristeza, surge gratidão e renascimento.
“A música fala de minha bisavó, que faleceu três dias antes da passagem do ano de 2016 para 2017. Fala de hábitos que compartilhávamos em vida e como foi difícil a energia do Réveillon diante da perda. As tintas, cores jatos de champanhe atirados violentamente contra mim simbolizam, justamente, como a alegria do momento foi agressiva no momento em que passávamos”, revela a artista.
Embora concluído e lançado em 2019, o vídeo começou a ser gravado há dois anos, quando surgiu a necessidade de registrar esses sentimentos. “Sankyu” revela o motivo da escolha do nome artístico Olívia de Amores e a intenção de mostrar facetas pouco exploradas do amor, entre eles o não-romântico. “Afinal, entender a grandeza desses amores presentes é aceitar o luto e o vazio que vêm, na mesma medida, da ausência”, conclui.
O primeiro álbum de Olívia de Amores será confessional, contando com a gerência criativa da artista em cada instrumento e videoclipe – todas as faixas ganharão um, dirigido por ela. Já foram reveladas “Post-it”, “Plano baixo”, “Abisso” e “Segunda-feira”, inspiradas por paixões, saudades, perdas.
Ao longo de 2019, Olívia seguirá entregando novas canções e clipes. “Não é Doce” terá produção musical de Bruno Prestes e masterização do americano Steve Fallone, responsável pelo álbum “Room On Fire”, do Strokes. Com ele, Olívia coroa uma trajetória iniciada com a banda Anônimos Alhures e agora ampliada com uma carreira solo onde assume todas as suas facetas, de compositora, instrumentista, intérprete, atriz e diretora.