Análise sobre o filme “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, da Walt Disney Pictures (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde.
Confira a ficha técnica da trama:
Nome: Guardiões da Galáxia Vol. 3 (Guardians of the Galaxy Vol. 3)
Estreia: 04 de maio de 2023 – 2h 30min
Direção: James Gunn
Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Bradley Cooper, Dave Bautista, Vin Diesel, Karen Gillan, Pom Klementieff, Sean Gunn, Will Poulter, Chukwudi Iwuji
Distribuidora: Walt Disney Pictures
Gênero: Ação, Fantasia, Ficção científica, Drama
Todo ciclo tem que fechar para um novo acontecer. Depois de quase 10 anos, o primeiro grupo dos Guardiões da Galáxia, liderado por Peter Quill, chega ao seu fim. Escrito e dirigido por James Gunn, que agora é o novo cabeça da franquia rival DC nos cinemas, “Guardiões da Galáxia Vol. 3” é um encerramento perfeito para todos que cresceram com essa turma tão carismática.
O 34º filme da Marvel conta a história de Peter Quill (Chris Pratt), o qual ainda sente a perda de sua amada Gamora (Zoe Saldana). Contudo, o universo ainda precisa contar com a ajuda dele e sua equipe de foras-da-lei, que se tornaram heróis interplanetários. Assim, Rocket (Bradley Cooper), Drax (Dave Bautista), Groot (Vin Diesel), Nebula (Karen Gillan) e Mantis (Pom Klementieff) estão de volta. Juntos, eles farão de tudo para defender a galáxia diante dos poderosos Adam Warlock (Will Poulter) e Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji).
No primeiro longa, temos uma história sobre maternidade. No segundo, sobre paternidade. E agora, neste terceiro, sobre família e autoconhecimento. É importante fazer essa comparação como James Gunn trabalhou bem esses tópicos ao longo dessa trilogia, com muito humor, carisma e mensagens diretas. O roteiro do terceiro é muito interessante, mas poderia ter sido só mais um pouquinho refinado. Não que isso seja algo ruim, Gunn consegue e sabe administrar muito bem isso ao longo de 2h30 de filme. Na verdade, ele explora muito bem as devoções de cada personagem, mesmo que nós (espectadores) os conhecemos ao longo desses 9 anos. Esse vínculo e essa interação são pontos altíssimos do filme. Há um começo, meio e fim muito bem estruturados.
Há de se saber que Gunn mudou o que vemos como cinema de super-heróis, sendo nos cinemas, ou em séries, no caso de “O Pacificador” (DC). É notório como o diretor consegue usufruir de todos os recursos técnicos por conta da confiança que possuem sobre ele, e é visto bastante – e até mais que nos dois primeiros longas dos “Guardiões” – uma liberdade artística deleitosa de se ver. Em “Guardiões 3”, a ambientação, os figurinos, os ideais e a linguagem dos personagens são pontos super positivos na trama. É lindo de assistir e vivenciar padrões diferentes. Mas o que mais chama a atenção é a sua trilha sonora impositiva, cuja parece contar sua própria narrativa, de acordo com os acontecimentos do filme e emoções dos protagonistas. Tudo isso acompanhado de cenas de ação magníficas e planos sequências de cair o queixo.
Também vale ressaltar os tons muito bem dosados que Gunn atribuiu ao filme. Ele consegue transitar muito bem ao drama que entala garganta, ao humor bobo e, até mesmo, a mensagens subliminares em temas sensíveis. Dito isso, as atuações ajudam muito todas essas características citadas acima, pois há uma carga ainda maior quando conhecemos as devoções dos protagonistas neste longa e também da tirania bizarra do vilão.
Diante dos fatos supracitados, “Guardiões da Galáxia Vol. 3” é um encerramento digno desse tão amado grupo de anti-heróis que viraram super-heróis. O crescimento gradativo desses personagens fazem esse último longa ser tão especial e generoso para todos os fãs que cresceram assistindo suas loucuras. Batalhas épicas, ambientes bizarros, situações inusitadas, tudo isso se faz especial e um obrigado ao James Gunn por esse ciclo tão maravilhoso.
