Filme que registra encontros musicais de Orlando Morais com artistas internacionais e brasileiros fez sua primeira exibição no país, no Festival de Gramado, no último dia 20.
Depois de ganhar o prêmio de Melhor Documentário no Los Angeles Independent Film Festival Awards (LAIFAA) e de ter feito sua estreia brasileira no 47º Festival de Gramado, o longa-metragem Orlamundo, de Orlando Morais, terá exibição especial na mostra Panorama do Festival Brasileiro de Miami, no dia 17 de setembro. Idealizado e produzido pelo cantor e compositor Orlando Morais, o filme é conduzido por reflexões sobre a sua trajetória, que vai sendo retratada através de misturas musicais com artistas internacionais e brasileiros.
Com produção da Audaz Filmes e direção de Alexandre Bouchet, o filme é uma experiência sensorial, com trilha sonora orquestrada de forma envolvente pelo produtor musical francês Jean Lamoot, com quem Orlando Morais recebeu o prestigioso prêmio francês Victoire de la Musique pelo grupo Rivière Noire, em 2015. Como cenário principal, as dunas e paisagens do exuberante Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Nordeste, que recebeu a maior parte dos convidados como o chinês Guo Gan, um mestre do milenar instrumento Erhu; o multinstrumentista nigeriano Kuku; o malinês Kasse Mady Diabaté, o grande Griôt do Mali, falecido após as filmagens; a cantora vietnamita Huong Thanh; além da dupla de violeiros goianos Marcus Baincardini e Jairo Reis.
Orlando também viaja até alguns lugares para encontros com a Velha Guarda de sua escola de samba de coração, Portela, que através de Dona Áurea Martins, Mestre Monarco e Serginho Procópio representa um pouco da história musical do Rio, cidade que ele escolheu para viver há mais de 40 anos. É no Rio também que ele divide a cena com Caetano Veloso, sua maior influência artística/musical.
O filme conta ainda com uma emocionante participação da cantora e compositora Antonia Morais, interpretando com sua voz suave os versos da canção ‘Sertão’.
Para Orlando, o filme celebra esses encontros, sua arte e suas culturas, tendo a música como condução. “É muito bacana poder cantar com pessoas que vêm de tão longe, que moram em lugares tão diferentes, que têm hábitos diferentes do meu e que pensam coisas tão diferentes de mim. E conseguir, na doçura, na simplicidade, na humildade e na verdade, criar um som, um jeito de fazer isso traduzir um pouco o que é a felicidade.” Orlamundo é uma celebração à natureza, à diversidade cultural e, acima de tudo, à vida. “Esse filme é um pouco como se todos os pássaros no céu conseguissem olhar para nós e emitir uma só e mesma nota”, descreve Orlando Morais. “Uma carta ao mundo do poder da convivência.”