MORTE NO NILO, o mais recente filme do diretor Kenneth Branagh baseado no romance homônimo de 1937 da icônica escritora Agatha Christie, já está encantando o público nos cinemas do mundo inteiro.
O filme transporta os espectadores para as águas do Rio Nilo, onde um grupo personagens se reúne a bordo de um cruzeiro de luxo para comemorar um casamento. Lá também se encontra o detetive Hercule Poirot, que é forçado a dar uma pausa nas férias para desvendar um misterioso assassinato que envolve os viajantes de diferentes maneiras.
Trazer para a tela uma história de uma das mais célebres escritoras do século XX não é uma tarefa fácil, e nem Branagh nem o restante de equipe criativa por trás do filme deixaram de ver a dimensão e o impacto do empreendimento que estavam enfrentando.
Para dar vida ao romance Morte no Nilo com fidelidade, eles trabalharam intensamente em todas as áreas de produção, honrando o legado da grande narradora de mistérios do ocidente.
ROUND 2
O novo filme marca a segunda incursão de Branagh no universo de Agatha Christie, após dirigir em 2017 ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE. Para o diretor, continuar construindo o universo cinematográfico da famosa escritora foi um desafio irresistível que o uniu mais uma vez à equipe criativa por trás do primeiro longa-metragem.
Após a conclusão de ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE, Branagh se reuniu com o roteirista Michael Green (ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE, Blade Runner 2049, Alien: Covenant) para escolher qual obra da Dama do Crime seria levada para os cinemas.
“Nos divertimos tanto nas conversas sobre qual poderia ser o próximo filme de uma série cinematográfica da Agatha Christie. Ken e eu falamos quais eram nossos favoritos, mas sempre voltávamos para Morte no Nilo”, diz Green.
Branagh, por sua vez, acrescenta: “A paixão na história original de Agatha Christie é muito poderosa. É um dos livros mais inquietantes e cativantes dela. Christie apresenta uma fronte de sofisticação, sensualidade, glamour e romance, mas é, em todos os momentos, vulnerável, frágil, perigoso e perturbador”.
EM FAMÍLIA
Dois parentes próximos de Agatha Christie participaram da produção de MORTE NO NILO, membros do espólio da famosa autora e responsáveis por proteger seu legado. Tanto Mathew Prichard, único neto de Christie, quanto seu filho James Prichard ajudaram Branagh e sua equipe e entender a atitude da autora em relação ao livro, aos personagens e à ambientação.
“James e Mathew nos deram uma visão vital sobre quem era essa incrível autora em um nível pessoal”, comenta Branagh.
De sua parte, James Prichard garante que a história imaginada por sua bisavó ficou em excelentes mãos, e que o diretor soube trazê-la pra a tela de forma extraordinária.
“Para o público, é extremamente importante que sintam que não apenas viram um filme maravilhosamente moderno e espetacularmente cinematográfico, mas também experienciaram uma noite de Agatha Christie. Ken construiu um mundo que reflete a perspectiva única de Agatha Christie e seu dom para contar histórias”, garante.
UMA VIAGEM CINEMATOGRÁFICA PELA IMAGINAÇÃO DE AGATHA CHRISTIE
Trazer o universo de Agatha Christie para as telonas exigiu um trabalho coordenado e coeso de todas as facetas do processo de produção do filme.
Para Green, envolveu um trabalho minucioso de análise dos personagens do romance que mais tarde ganhariam vida no roteiro. Pra o designer de produção Jim Clay (Belfast, Filhos da Esperança, Simplesmente Amor), envolveu o desenvolvimento de cenários que evocassem as atmosferas criadas no livro pela autora, combinadas com uma estética adequada para cada um dos personagens que estavam sob a responsabilidade do figurinista Paco Delgado (JUNGLE CRUISE, Os Miseráveis, A Garota Dinamarquesa).
Na transição de um romance rico em complexidade e personagens para um roteiro que funcione cinematograficamente, os cineastas buscaram elementos-chave da história para expandir e evoluir a partir daí, mas sempre retornavam aos temas de ciúme e romance.
“O livro é muito bem escrito. Ele tem parte da melhor prosa de Agatha Christie, e tem esta maravilhosa trama com uma solução maravilhosa. Ele é rico. Mas retornávamos à paixão e ao amor, mergulhando nestes sentimentos, e garantindo que todos os nossos personagens realmente tivessem algo a dizer sobre o poder dessas emoções”, explica Green.
A partir de então, o roteirista fez algumas mudanças na composição dos personagens, transformando alguns que não eram suspeitos no romance e possíveis assassinos. Assim como também introduziu novos personagens e adaptou detalhes estéticos e da história de vida em outros. Sobre o roteiro final, Branagh conclui:
“Esta adaptação tem uma abordagem mais jovem. Tudo nesta história é maior, mais sexy e carrega uma profundidade, literal e esteticamente, ainda maior”.
Quanto ao local onde a história se passa, a equipe de produção trabalhou para fazer jus aos cenários da década de 1930 que Christie imaginou quando escreveu o romance: de um bar de Londres onde a alta sociedade se reúne para beber e dançar, ao luxuoso S.S. Karnak onde o assassinato central da trama acontece.
Além disso, recriaram no Longcross Studios o Cataract Hotel de Aswan, no deserto da Núbia, onde Agatha Christie se hospedou enquanto escrevia Morte no Nilo.
Em todos os cenários, a magia da Dama do Crime também foi incorporada nos impressionantes figurinos do filme. Alinhado com Clay e Branagh, Delgado trabalhou intensamente para capturar o espírito dos personagens de Christie em seus aspectos visuais. Para isso, mergulhou profundamente na moda nos anos 30, pesquisando os designs, as cores e as ideias da época, mas sempre tendo em mente a visão do diretor de alcançar uma estética contemporânea.
“Não é que tentamos fazer um filme contemporâneo, mas olhamos para os elementos que eram mais atraentes em um contexto contemporâneo e os misturamos com as convenções da época”, explica o figurinista.
O resultado dessa união de forças, ideias e enorme talento de todos os membros da equipe por trás de MORTE NO NILO faz jus à cativante história imaginada por Christie há quase um século.
As tramas complexas, a profunda compreensão da emoção humana e o humor singular de Agatha Christie continuam a ressoar com o público até hoje, e essa adaptação honra tudo o que público ama. Branagh conclui: “Boas histórias são nossa maior defesa contra o desespero, e é ainda mais divertido fugir da realidade com uma história que emociona, que te mantém alerta e, ao mesmo tempo oferece sabedoria, compaixão e uma noção de alma com a qual todos podem se identificar”.
Você já pode se emocionar e se aventurar com MORTE NO NILO nos cinemas disponíveis.