Análise sobre o filme live-action “Aladdin”, da Disney Pixar (convite da Walt Disney Pictures BR), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:
Nome: Aladdin
Estreia: 23 de maio de 2019 (Brasil) – 2h 08min
Direção: Guy Ritchie
Elenco: Will Smith, Mena Massoud, Naomi Scott, Marwan Kenzari, Nasim Pedrad, Navid Negahban, Billy Magnussen, Numan Acar
Distribuidora: Disney | Buena Vista
Com toda certeza, 2019 é um ano recheado de live-actions, e um muito especial estreou: Aladdin. A animação de 1992 ganha vida com explosões de magia em Agrabah. E de fato é, a Disney significa tudo isso que imaginamos, o sonho se tornando real, o sublime e os desejos sendo atendidos pelo extravagante. O diretor Guy Ritchie assume o lugar de Ron Clements e John Musker para um outro espetáculo, que é obviamente destinado a nova geração e também uma nostalgia mágica para os filhos dos anos 90.
A cadeira de direção para Guy Ritchie foi motivo de desconfiança, pois suas últimas obras não vieram a ser muito bem aceitas pelo público e pela crítica no geral. Ter a missão de fazer uma adaptação muito importante para a Disney não é qualquer coisa. Aladdin representa inúmeros fatores importantes envolvidos; por começar do seu contexto histórico, cuja cultura árabe, que por sinal é bem forte nos aspectos patriarcais e hierárquicos, deve ser minuciosamente respeitada. Além disso, Jasmine foi a primeira princesa a não ser caucasiana (branca). E claro, é um musical.
Há um dia antes do lançamento do filme, a Disney liberou a trilha sonora de “Aladdin” que conta com clássicos e novas adaptações, as mesmas são inseridas também nesse acréscimo de 30 minutos da animação para o live-action. Vale muito a pena escutar as músicas depois do filme para reviver a emoção da magia Disney, tanto em inglês (legendado) quanto em português (dublado); não esquente com as diferenças da língua, é bem fiel! A trilha sonora em si é bem marcante e atende às expectativas, pode se dizer que chega perto da criação original. Você pode escutá-la no Spotify aqui em baixo caso seja Premium da streaming.
A trama é uma magia por completo, em todos os sentidos. A extravagância das cores se faz muito presente, a cultura árabe é bem forte nesse aspecto com cores vivas e reluzentes. Parecido com contos de fadas e a mitologia das princesas, que tem muito a acrescentar nos figurinos maravilhosos. O roteiro atualiza certas questões que a animação de 1992 deixar passar ou mesmo não explica, por a mesma não está tão preocupada com isso. É emocionante do início ao fim, redondo da introdução à conclusão, mas mesmo assim, há momentos que a trama parece ficar lenta e desgastante – não é um demérito ao todo.
Muito se esteve em pauta nos veículos de comunicação sobre os efeitos especiais depois do lançamento do primeiro trailer, que ora ficou desconfortável aos olhos. Dá para sentir a computação gráfica, diferentes de outras obras cinematográficas. Meio artificial. Repito, também não é demérito e ao longo do filme dá para relevar. Muito isso ao personagem do Will Smith, o Gênio, que não ficou o filme todo como azulão. E certos cortes arriscados em cenas de perseguição.
Agora, sobre os personagens: Aladdin é interpretado por Mena Massoud, convocado em 2017 e vivia até então mais no ramo televisivo. Ele faz praticamente um protagonista bobo que sabe que é especial, um verdadeiro diamante bruto e agrada bastante. Entretanto, os destaques são para Naomi Scott e Will Smith, Jasmine e Gênio, respectivamente. A princesa Jasmine possui uma presença de tela e importância na trama muito mais forte que na animação, e isso de fato é incrível, pois Naomi Scott se encaixou perfeitamente no papel – cantoria e atuação -, é até por enquanto arriscado em falar que é a melhor princesa. Por outro lado, Will Smith está muito engraçado como Gênio, caiu também como uma luva esse personagem para o “Maluco do Pedaço”, que remete em diversos caminhos. A adição de personagens, como a Dalia (Nasim Pedrad), foi outro aspecto bastante positivo. Já o vilão feiticeiro Jafar, interpretado por Marwan Kenzari, teve mais explicações para a sua estupefata ira. É um clichê bom de dominar o mundo. O bom querendo a paz e o mal o caos. E muita magia, obviamente!
Diante dos fatos supracitados, “Aladdin” é uma diversão e uma imersão de nostalgia para muitos. Vale a pena acompanhar com amigos antigos ou até mesmo familiares. A magia se faz presente, tanto pelo Gênio quanto pela obra em que nos é mostrado; um musical que faz cantarolar até a ida ao trabalho, à escola e por aí vai. Obrigado, Disney, por refazer restaurar muitas boas memórias inocentes e de superação. A moral é que sempre existirá um final feliz, independe de como ele seja.