Equipe europeia mantém hegemonia no cenário competitivo; Brasil chega às quartas de final com Team Liquid, mas não avança.
Com muitas novidades e mais uma grande exibição da multicampeã G2 Esports, o Six Invitational 2019 se encerrou neste domingo (17). Os europeus liderados por Fabian “Fabian” Hällsten derrotaram a Team Empire por 3 a 0 na decisão realizada em Montreal, no Canadá, e ficaram com o título. A mesma line-up já havia conquistado
A conquista rendeu à G2 cerca de US$ 800 mil, de uma premiação total de US$ 2 milhões, a maior da história do cenário competitivo de Rainbow Six. Além do aguardado confronto entre G2 e Empire, os fãs da modalidade puderam acompanhar painéis exclusivos com novidades do quarto ano do jogo, além de mais detalhes sobre a nova atualização, chamada de Operação Burnt Horizon.
O fim de semana também foi recheado de atrações do mundo de Rainbow Six e o Brasil marcou presença. O país foi representado pela Team Liquid na fase final do Six Invitational, porém a participação da equipe de Leo “ziG” Duarte foi interrompida na sexta-feira (15). O time levantou a torcida presente no Place Bell com grandes jogadas, mas não foi páreo para os russos da Empire e acabou derrotada por 2 a 1.
Depois de vencer os brasileiros da Liquid, a Team Empire, do inspirado Danil “JoyStiCK” Gabov, ainda passou pelos japoneses da Nora Rengo nas semifinais e chegou à final como sensação do torneio. Do outro lado, a G2 derrotou os norte-americanos da SpaceStation Gaming e Team Reciprocity nos playoffs e entrou na decisão como favorita ao troféu.
No duelo decisivo entre G2 e Empire, pesou a experiência. Niclas “Pengu” Mouritzen e companhia deram mais uma demonstração de força coletiva e, depois de uma partida disputada no primeiro mapa, dominaram a adversária e venceram sem dificuldades. Foi o quarto grande título da organização com a atual line-up. Além do Six Invitational, a equipe conquistou o Six Major Paris, a oitava temporada da Pro League e a DreamHack Winter.
O jogo
O time formado por Niclas “Pengu” Mouritzen, Joonas “jNSzki” Savolainen, Daniel “Goga” Mazoerra, Juhani “Kantoraketti” Toivonen e Fabian “Fabian” Hällsten começou o dia tomando um susto no mapa Litoral. Formada por Artur “ShepparD” Ipatov, Artyom “Shockwave” Simakov, Daniil “JoyStiCK”Gabov, Eugene “karzheka” Petrishin e Dmitry “Scyther” Semenov, a Empire não deixou os favoritos respirarem.
No primeiro mapa da série, G2 e Empire protagonizaram uma das partidas mais disputadas da história do cenário competitivo de Rainbow Six com 22 rodadas de alto nível. Depois de empatarem em 6 a 6, uma das duas equipes precisaria abrir dois rounds de diferença sobre o outra para sair com a vitória. Foi aí que o jogo coletivo e o equilíbrio mental, característicos da G2, brilharam sobre os russos da Empire, que viram seus adversários levarem a vitória por 12 a 10.
A derrota abalou o time. A Empire perdeu grande parte de sua agressividade e assistiu sua oponente abrir vantagem de 5 a 1 na defesa do mapa Fronteira e abrir 2 a 0 na série, após ótimas sequências no ataque. No mapa Banco, o roteiro se repetiu e os russos se viram perdidos nas mãos de Juhani “Kantoraketti” Toivonen, destaque da partida. Resultado: 3 a 0 e mais um título mundial para a G2 Esports.
O Brasil no SI 2019
Apesar do título não ter sido conquistado por uma equipe do Brasil, os representantes do país deixaram a sua marca no SI 2019. O time que chegou mais longe foi a Team Liquid. Campeã da sétima temporada da Pro League, a Liquid chegou ao palco principal do torneio com moral após passar pelos alemães da Mock-it na fase de grupos.
Nas quartas de final, os brasileiros acabaram eliminados pela Team Empire após perderem por 2 a 1. A Liquid até começou melhor no duelo, imprimindo um ritmo alucinante no primeiro mapa e vencendo sem dificuldades. Da metade do segundo jogo da série em diante, o domínio foi totalmente dos russos, que empataram e viram o confronto.
FaZe Clan e Ninjas in Pyjamas caíram no mesmo grupo, ao lado de Fnatic (Ásia-Pacífico) e Team Reciprocity (América do Norte). As duas brasileiras se enfrentaram logo de cara, e a FaZe saiu vitoriosa: 2 a 0. Na segunda rodada, as duas foram superadas, o que resultou na eliminação da NiP. Na repescagem da chave, a FaZe foi derrotada pela Team Reciprocity e deu adeus ao torneio.
A Immortals lutou muito para conquistar sua vaga nas fases finais, mas acabou sendo eliminada também na fase de grupos. Depois de cair em um dos grupos mais equilibrados do torneio, a equipe lutou, mas não conseguiu se classificar. Logo na estreia, enfrentou a Team Empire e, depois de dar muito trabalho, foi derrotada. No segundo jogo, emoção e belas jogadas marcaram a vitória sobre os norte-americanos da Rogue, deixando a decisão para a terceira partida. Contra a SpaceStation Gaming, os Imortais até tentaram, mas foram eliminados.
Novidades do Ano 4
A decisão do Six Invitational também foi palco para diversos anúncios e novidades da Ubisoft. Em painel realizado antes da partida entre G2 Esports e Team Empire, a produtora apresentou o calendário do cenário competitivo de Rainbow Six nesta nova temporada.
O Major, realizado em Paris em 2018, este ano acontecerá nos Estados Unidos. Enquanto isso, as finais mundiais da nona temporada da Pro League – que está em andamento – serão disputadas nos dias 18 e 19 de maio, em Milão, na Itália. No fim de 2019, a PL vai para a Ásia pela primeira vez na história do Rainbow Six.
Além dos eSports, a Ubisoft deu mais detalhes sobre as próximas atualizações do jogo, que terão operações em países como Estados Unidos, Dinamarca, Peru, México, Quênia e Índia. Outro tema abordado no painel foi toxicidade. Com a intenção de melhorar e evoluir cada vez mais a comunidade de Rainbow Six, a Ubisoft anunciou novas medidas para combater o problema.
Operação Burnt Horizon
Os jogadores de Rainbow Six também puderam descobrir todos os detalhes da Operação Burnt Horizon. Foram apresentados dois novos operadores, além do mapa Outback, localizado na Austrália – tema da atualização.
Gridlock, operadora de ataque, pode plantar uma série de armadilhas (chamadas “Trax Stingers”) pelo mapa, que podem ferir e diminuir a velocidade do inimigo, além de fazerem barulho, o que pode atrair a atenção do seu time. Já Mozzie, operador de defesa, possui um mecanismo eletrônico (conhecido como “Pest”) que consegue hackear e tomar controle de drones de atacantes.