Exposição “O Ordinário Rafael Sica” lança catálogo oficial na Caixa Cultural do Rio de Janeiro

Estarão presentes no lançamento o curador Weaver Lima e o artista Fabio Zimbres. Logo após os dois farão uma palestra sobre “A Curadoria de exposições de Histórias em Quadrinhos”. Os catálogos serão distribuídos gratuitamente ao público presente.

A exposição O ordinário Rafael Sica lançará catálogo oficial no próximo dia 21 de novembro (quarta-feira), às 18h30, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro. Estarão presentes no lançamento os curadores e artistas Weaver Lima e Fábio Zimbres. Após o lançamento os dois realizarão a palestra “A Curadoria de exposições de Histórias em Quadrinhos” em que falarão sobre o trabalho de Rafael Sica e as particularidades da curadoria para exposições de histórias em quadrinhos. Os catálogos serão distribuídos gratuitamente ao público presente. Entrada franca com distribuição de senhas uma hora antes, sujeito à lotação do cinema.

A mostra conta com mais de 200 obras e traçam um panorama da carreira de Rafael Sica, quadrinista e ilustrador gaúcho, considerado um dos principais nomes das histórias em quadrinhos da atualidade. A exposição fica em cartaz até 23 de dezembro de 2018. Rafael Sica é dono de um traço único, que preza a riqueza de detalhes em uma narrativa silenciosa, mas extremamente contundente. Grande parte de sua obra é composta por quadrinhos sem textos, característica encarada por muitos críticos como um dos grandes diferenciais de seu trabalho. A ausência dos diálogos se mostra como uma abertura à interpretação do leitor: “Existe uma narrativa, mas é gráfica, visual. Exige que o leitor complete o trabalho”, explica Sica. “Fui tirando o texto das tiras, diminuindo o número de palavras, fui me dando conta de como isso potencializava as interpretações.”

A produção de Rafael Sica traz questionamentos sobre o modo de vida do indivíduo urbano. Suas tiras são minicontos que fogem do óbvio e da piada, e, com um diferenciado tom surrealista, trazem críticas às neuroses das grandes cidades e à massificação das pessoas afogadas na rotina pós-moderna.