Victor Ribeiro explora limites da música brasileira em álbum solo

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“Ronda da Capivara” está disponível nas plataformas de música digital.

Membro do quarteto instrumental Relógio de Dalí, Victor Ribeiro lança “Ronda da Capivara”, seu álbum de estreia solo. O registro traz uma nova linguagem de música instrumental, explorando uma sonoridade contemporânea do violão 7 cordas, repleta de nuances, suingue e improvisação como uma apresentação ao vivo, criando canções contagiantes para o ouvinte. O projeto, que conta com a participação do músico Gabriel Grossi, já está disponível nas plataformas de música digital.

Ouça “Ronda da Capivara”: http://bit.ly/RondaDaCapivara

A diversidade da música brasileira se une ao rock, ao jazz e ao erudito no violão virtuoso de Victor Ribeiro. Natural do Rio de Janeiro, ele já se apresentou e gravou com respeitados artistas, como Hermeto Pascoal, Gabriel Grossi, Alice Caymmi, Pietá, Luisa Lacerda, Diogo Duque (Portugal), Scott Hill (EUA), Peter Knudsen (Suécia) e Laura Lenhardt (Alemanha). Em 2014, fundou o grupo Relógio de Dalí, onde ao lado de Pablo Arruda, Yuri Villar e Lourenço Vasconcellos conseguiu destaque na cena carioca e em festivais com o repertório do EP autointitulado, de 2015. Como Victor Ribeiro Trio, também ocupou palcos de destaque, como o Blue Note Rio, onde apresentou um tributo a Baden Powell com a convidada especial Paula Santoro.

Sua estreia solo começou a ganhar corpo em 2016, quando foi um dos vencedores da terceira edição do Concurso Novas, de composições para violão solo contemporâneo com a música “Ronda da Capivara” – que dá nome ao seu disco.

“Trago aqui minhas principais influências: o violão brasileiro e os ritmos regionais do nosso país, o jazz contemporâneo, o rock e a música erudita. Sim…. É uma salada e tanto, mas que nos permitiu uma música bem imagética, intensa e sensorial pra tratar das tais nuances e possibilidades da vida!”, se diverte Victor.

O concurso que “Ronda da Capivara” venceu teve como jurados os violonistas mundialmente reconhecidos Marco Pereira, Elodie Bouny, Sergio Assad e Fábio Zanon. No ano seguinte, foi um dos vencedores do Prêmio Mimo Instrumental 2017 com o Relógio de Dalí.

Financiado através de uma bem sucedida campanha de crowdfunding, o álbum foi registrado ao lado do baixista Pablo Arruda e do baterista Lucas Fixel, contando ainda com a participação especial de Gabriel Grossi na faixa “Valsa Cálida”. O trabalho traz uma linguagem que busca o clima contagiante de uma apresentação ao vivo com experimentações sobre texturas sonoras construídas em estúdio.

“O álbum trata da busca por toda a vida que está aí disponível e sempre florescendo. Mas é também sobre o dever que temos em protegê-la. É um convite a olhar as várias nuances do macro ao micro, do exterior e do interior de nós. É sobre as fases, os ritmos, o tempo, que é simultaneamente fugaz e eterno. É portanto sobre a beleza que tem em cada uma dessas coisas… Uma ode a abundância das possibilidades! E para se chegar nesse lugar e contar essas ‘histórias’, este álbum traz também a improvisação como uma ferramenta crucial”, reflete Victor.

O disco foi produzido por Guilherme Marques, responsável por álbuns recentes de Qinho, BEL e Biltre, e gravado no estúdio Frigideira. Além disso, Victor se prepara para lançar o primeiro disco cheio da Relógio de Dalí, “Resistência”, e um projeto em quarteto, com Paula Santoro, também em 2019. Mas a experiência solo foi algo que o artista levará para seus outros projetos.

“Foram 2 dias de gravação com muita entrega e intensidade ali no estúdio Frigideira. O álbum trata de dar vazão às nossas liberdades internas e externas, de dentro de nós mesmos para o mundo. É sobre encorajar-nos e ser quem de fato nós somos. E de proteger, da forma que for preciso, esse direito à essa liberdade. Tudo isso, muito discutido nos ensaios e na vida, transbordava durante o processo de gravação. A conexão era evidente. E o jazz é isso”, reflete Victor Ribeiro.