Mari Blue reflete sobre desejos contraditórios no clipe

Faixa amplia sonoridade da cantora mineira.

Cantora e compositora mineira radicada no Rio, Mari Blue segue entregando novas canções que integrarão futuro EP. Em uma nova fase de total controle criativo do seu trabalho, a artista lança “As pessoas não querem o que elas pedem”, single onde se desdobra em vocal, piano, sintetizador, programações, produção musical, arranjo e mixagem – ela é acompanhada apenas pelo baixo de Mario Wamser. O vídeo também traz filmagem, roteiro, direção e edição de Mari Blue. A faixa já está disponível nos serviços de streaming de música pelo selo Sagitta Records.

Ouça: https://ONErpm.lnk.to/AsPessoasNPedemOQElasQuerem

Mari Blue sempre mesclou sensibilidade e ironia em suas canções. Essas características também aparecem na nova composição, que brinca com os desejos humanos mais contraditórios.

“‘As pessoas não querem o que elas pedem’ foi a primeira frase que surgiu quando compus a canção, foi a motivação para todo o resto, ela sozinha já carrega o cerne da provocação da música/poesia. São tantas reflexões possíveis para esse trabalho que fico frustrada ao tentar priorizar alguma. As pessoas não querem o que elas pedem, e elas querem. É isso”, resume.

A canção se une a “Mel e Picada”, single que também estará no próximo trabalho de estúdio da artista e já traz o espírito do it yourself, da composição à pós-produção. Este é um momento único na carreira de Mari, que também traz uma trajetória como atriz, mas desde 2011 se dedica exclusivamente à música. Nesses anos ela já lançou três álbuns e acumulou prêmios importantes, como o Festival Nacional da Canção, FEMURC, Festival da Canção Francesa, Festival de Clipes e Bandas 2017 e WebFestValda 2017. Seus dois primeiros discos, “Parte de mim” (2011) e “Parte de Mim 2” (2012), traziam uma artista ainda buscando seu caminho, que ela conquistou em seu último álbum de estúdio “Fruto da Flor”, de 2016.

“Este é um momento muito mais independente da minha carreira, em que eu assumi o volante de todo o processo criativo. Eu passei muitos anos me preparando para isso. Não tenho muito preciosismo, minha intenção é me expressar da forma mais sensível possível. Certo dia eu percebi que não sou da música, nem do teatro, nem da dança, nem da filosofia, mas eu sou tudo isso”, analisa Mari.

Se despindo de todos esses rótulos, a artista surge no vídeo em uma sala quase vazia, habitada apenas por um piano e um banco. Ali, ela repopula o espaço com móveis, plantas, quadros e até um gato. O vazio abre mão de qualquer significado, deixando a interpretação da letra e do vídeo aos olhos de quem vê.

Para 2019, Mari Blue prepara ainda outras novidades que serão lançadas em breve.