Desenvolvido por Supermassive Games, publicado pela Bandai Namco, recebemos a key de Little Nightmares III para Review
Little Nightmares 3 mergulha os jogadores mais uma vez no Lugar Nenhum (Nowhere), mas com uma perspectiva mais íntima e uma nova dinâmica de jogabilidade. O título mantém a atmosfera de terror e suspense característica, expandindo o lore da franquia de maneiras surpreendentes, além de revisitar mecânicas dos outros jogos e conceitos que foram descartados nos jogos anteriores. A narrativa foca em Low e Alone, dois jovens amigos que tentam desesperadamente escapar desta dimensão de horrores. O que diferencia a jornada deles das anteriores é a profundidade do laço entre os protagonistas, que se apoiam mutuamente para sobreviver em um mundo hostil, diferente de Little Nightmares II, onde fomos recebidos com uma amizade improvável com um final trágico.
A Espiral: Cenários de Medo e Desespero
A jornada de Low e Alone atravessa a Espiral, uma série de novos locais que mantêm o design grotesco e detalhado pelo qual a franquia é conhecida.
- Necrópolis e o Baby Doll: Uma desoladora cidade desértica, repleta de figuras petrificadas. O monstro que a habita, o Baby Doll, um boneco gigante, exemplifica a inserção de medos primários e a expansão do panteão de criaturas grotescas que temos na série, além da presença constante de corvos que nos ajudam nesta fase.
- A Fábrica de Doces e A Inspetora: Um ambiente de produção de guloseimas , que remetem ao navio The Maw, cenário do primeiro jogo da saga. A Inspetora, o segundo chefe do jogo, é um ser de madeira articulado que supervisiona o trabalho dos homens com máscara, evoca um terror mais industrial e vigilante, bastante similar a mecânica da professora no segundo jogo.
- Parque de Diversões e O Ventríloquo : Um circo sombrio e chuvoso que destaca a temática dos Residentes (Aqueles monstros passivo-agressivos), lá vemos uma visão distorcida de Circo e Parque de Diversões e somos introduzidos ao Homem de roxo, ou O Ventríloquo particularmente sádico, tratando tanto crianças quanto a si mesmo como meros bonecos de atração, capturando desavisados que vão fazer parte da atração!
- O Instituto e O Hipnotizador: O ápice da jornada é um hospício, ligado diretamente aos flashbacks de Low. O chefe final, O Hipnotizador, é uma criatura grotesca, teorizada como sendo o Dr. Otto, que se transformou após ser consumido pelo Lugar Nenhum. Lá temos o desfecho final do game.
O que achamos?
A mecânica central da franquia de puzzles e furtividade em plataforma é preservada, mas a grande novidade é a inclusão do Co-op. Dois jogadores podem controlar Low e Alone, elevando a necessidade de coordenação para resolver os desafios ambientais, mas não se faz necessário por poder ser jogado com o computador!
No entanto, o título sofre com a falta de inovação nas mecânicas e reciclagem de conceitos descartados. O jogo retoma elementos e puzzles já vistos nos títulos anteriores, resultando em uma experiência que soa, em muitos momentos, como um “copia e cola”. A dificuldade também é amenizada, tornando as perseguições menos tensas e os puzzles mais acessíveis. O jogo é excessivamente curto, o que, combinado a um preço elevado, tem levantado críticas dos jogadores sobre o custo-benefício, gerando análises mistas.
Com a mudança de Staff o jogo continua no universo, mas parece que faltou criatividade na execução do material que o universo tem. Com as futuras dlc’s podemos ter um panorama melhor da situação, mas até o momento está bem cinza. O jogo tem sim seus pontos altos, mas não avança no fio da história e parece ser um spin off do que uma sequência.


