Análise sobre o filme “Presságio”, da Netflix, aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:
Nome: Presságio (La Corazonada)
Estreia: 28 de maio de 2020 (Brasil) – 1h 56min
Direção: Alejandro Montiel
Elenco: Luisana Lopilato, Joaquín Furriel, Rafael Ferro
Distribuidora: Netflix
Gênero: Crime / Thriller
O mais novo filme de suspense investigativo da Netflix é uma aposta ousada de um longa posterior a “Desaparecida”. A inspiração para a obra são livros da escritora Florencia Etcheves, que fez parte da roteirização da produção.
“Presságio” se passa na Argentina, e conta paralelamente dois casos de assassinatos, onde o principal suspeito do primeiro seria o investigador interpretado por Joaquín Furriel e o segundo a suspeita seria a melhor amiga da vítima. Juntamente com essas investigações, a nova agente Pipa (Luisiana Lopilato), é ingressada para ajudar nos casos, porém é chamada secretamente para vigiar seu chefe.
Alguns expectadores da obra podem achar o início bem torturante, com cenas monótonas, principalmente nos primeiros trinta minutos, onde não se sabe onde a história vai nos levar. Um pouco antes do meio do filme, o objetivo fica mais claro, e acaba envolvendo o público. Existem alguns plots twist ao logo de “Presságio”, que nos faz duvidar da índole dos personagens, o que realmente foi um ponto positivo.
O desfecho é bem conduzido, mas não surpreende, os clichês das pistas durante o filme acaba induzindo a descobrir o que irá acontecer em pontos futuros. As atuações são satisfatórias, principalmente da atriz Luisiana. Infelizmente a produção não chega nem perto de atingir um nível de satisfação. Vimos claramente um manequim sendo utilizado em uma cena que poderia ter sido feita com ator, o que deixou a cena um tanto quanto bizarra. Mas o erro mais grotesco foi a atriz que interpretava uma vitima respirando mesmo estando completamente ensanguentada, na cama, morta por mais de quinze horas. E claro que não se trata daqueles espasmos que alguns corpos podem ter, foi um trágico erro que pode ser motivo de piada.
Contudo, “Presságio” é uma obra que não se pode exigir muito, deve ser assistido sem compromisso, mais como um passatempo nessa quarentena.