Pokémon: Detetive Pikachu | Crítica

Análise sobre o filme live-action “Pokémon: Detetive Pikachu”, da Warner Bros. Pictures (convite da Warner Bros. Pictures Brasil), aqui no site Cebola Verde.

Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Pokémon: Detetive Pikachu (Pokémon Detective Pikachu)

Estreia: 09 de maio de 2019 (Brasil) – 1h 44min

Direção: Rob Letterman

Elenco: Ryan Reynolds, Justice Smith, Bill Nighy, Kathryn Newton, Ken Watanabe, Chris Geere, Suki Waterhouse, Rita Ora, Karan Soni

Distribuidora: Warner Bros. Pictures


Ato real ou em inglês live-action, em cinematografia ou videografia, é um termo utilizado para definir os trabalhos que são realizados por atores reais, ao contrário das animações; Este termo é usado para definir não apenas filmes, mas também jogos eletrônicos ou similares, que usam atores e atrizes em vez de imagens animadas.” O ano de 2019 está com inúmeros filmes com esse termo acima, live-actions. Detetive Pikachu não é totalmente um live-action, mas para fazer os pokémon virarem realidades, vamos usar da técnica da computação gráfica e trazer os bichanos mais ainda reais.

A série japonesa que foi por muito tempo febre para os jovens dos anos 2000, agora retorna para esta geração em forma de live-action. O primeiro Pokémon foi em jogo e, em seguida, tivemos inúmeras animações marcantes, como por exemplo “Pokémon, eu escolho você” de 1997, do saudoso Ash Ketchum.

É algo muito marcante, pois todos que assistiram Pokémon, já sonhou pelo menos uma vez em ser um treinador pokémon. Caçar os bichanos mundo a fora também era uma premissa para todo jovem; algo que fez muito sucesso com Pokémon Go!, cujos adolescentes e adultos, que acompanharam essa jornada, se sentiram bastante imersos a este universo. Mas e a ideia de um filme live-action, vale a pena? Sim, vale e muito, mas infelizmente Rob Letterman não fez juízo ao todo.

“Pokémon: Detetive Pikachu” é nostálgico em diversos sentidos, mas possui caminhos duvidosos a serem seguidos. A mitologia Pokémon fica ainda mais complexa e a direção não acompanha muito bem o roteiro. O roteiro por si só já é bastante confuso, pois em diversos momentos dá a intenção de querer fazer tudo em pouco tempo. Óbvio, é uma animação para crianças com o intuito de gerar um novo público. Até vemos isso em certos momentos de tensão e aventura do filme.

O primeiro ato do filme é bastante lento, demora a engrenar no Universo Pokémon em si. Não há nada de interessante e sublime, porém a partir do desenvolvimento, começamos a ter o sentimento de aventura, mesmo que não seja do mesmo nível dos pequenos. O humor pastelão se faz muito presente nos três atos, ora os diálogos funcionam ora nem tanto.

Não há o que reclamar da computação gráfica dos pokémon. Se a ideia era realmente dar o parecer que eles existem, conseguiram na maioria das vezes. É claro que nem sempre fará jus da realidade, todavia é muito complicado você ter 100% de aproveitamento no quesito CGI. A edição e os efeitos especiais são um show a parte. Infelizmente, não temos muito o uso dos poderes dos bichanos, há uma singela falta nisso.

Há algumas reviravoltas ao longo do filme bem clichê, erros de continuidade e até mesmo desconstrução de coerência, mas o que importa é o sentimento de um treinador pokémon, não é mesmo?

Justice Smith é Tim Goodman, filho do detetive Harry Goodman – um suspense na trama toda -. Não há um destaque nas atuações, Smith não transpira harmonia no filme e seu par ao longo da trama é a Kathryn Newton, que faz a jovem detetive Lucy Stevens, com seu emblemático Psyduck. Já o Pikachu, dublado pelo excêntrico Ryan Reynolds, é bastante divertido e chato (no bom sentido).

Diante dos fatos supracitados, “Pokémon: Detetive Pikachu” é um ótimo filme para a criançada que curte uma aventura. Já para os mais velhos que possuem a chance de ver os monstrinhos mais divertidos em “forma real”, é um filme bem sessão da tarde que peca em certos pontos. Acredito que foi mal explorado o roteiro que sempre quer mostrar tudo de uma vez e acaba não mostrando nada, infelizmente. Vale destacar o final inesperado/esperado; não deu para entender ainda.