Análise sobre o filme “Missão Impossível – O Acerto Final”, da Paramount Pictures (a convite da própria), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama:
Nome: Missão Impossível – O Acerto Final (Mission: Impossible – The Final Reckoning)
Estreia: 22 de maio de 2025 – 2h 49min
Direção: Christopher McQuarrie
Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Simon Pegg, Pom Klementieff, Esai Morales, Ving Rhames
Distribuidora: Paramount Pictures
Gênero: Ação, Espionagem, Suspense
“Missão Impossível – O Acerto Final” chega aos cinemas reafirmando o porquê de Tom Cruise ser sinônimo de ação de tirar o fôlego e a franquia ser uma das mais consistentes do gênero. Esse novo capítulo eleva mais uma vez as apostas, entregando sequências que desafiam a gravidade e a nossa própria capacidade de prender a respiração.
No novo filme, Ethan Hunt (Tom Cruise) é acompanhado, pela oitava vez, nos acontecimentos que sucederam a missão dela ao lado da sua tripulação do FMI para impedir as consequências trágicas de uma nova ameaça inimaginável: a Inteligência Artificial no sistema global de computadores. Tendo a certeza de que nossas vidas são definidas pela soma das nossas escolhas, Ethan continua sua busca pela entidade responsável, mas acaba se deparando com grandes governantes poderosos ao redor do mundo que utilizam a tecnologia para dominar e oprimir centenas de pessoas. Dirigido por Christopher McQuarrie, agora Ethan se encontrará com novos aliados para essa importante missão. Em uma corrida contra o tempo, ele precisará definir o resultado do destino da realidade que conhecemos hoje em dia, no entanto, enquanto o mundo balança entre o caos e o controle absoluto, ele precisará enfrentar arqui inimigos que atormentaram o seu passado tentando o destruir outra vez.
É impossível não se maravilhar com a dedicação incansável de Cruise, especialmente em momentos de pura tensão e espetáculo. A sequência no submarino é um primor de claustrofobia e suspense, estabelecendo imediatamente o tom de perigo iminente que permeia toda a trama. A cada close no rosto determinado de Ethan Hunt, sentimos a pressão e a urgência da missão.
E o que dizer da luta no avião? É, sem dúvida, uma das cenas de ação mais memoráveis e bem executadas dos últimos anos. A complexidade da coreografia, o ambiente em constante movimento e perigo, e a forma como Cruise e Esai Morales (Gabriel) se entregam são de aplaudir de pé. Cada momento de quase-morte é palpável e eletrizante.
Todos esses embates estão presentes em uma ambientação épica sendo todas encenadas com o real Tom Cruise. Surreal! Sem esquecer de mencionar uma trilha sonora que acompanha muito bem às ações.
Além do astro principal, o elenco de “O Acerto Final” merece todos os elogios. Ving Rhames e Simon Pegg retornam como os fiéis Luther e Benji, trazendo o alívio cômico e o suporte técnico que amamos. A Hayley Atwell (Grace) e Pom Klementieff (Paris) injetam um carisma sensacional à equipe, e Esai Morales como o antagonista Gabriel compõe um vilão tipo Dick Vigarista mais uma vez. A química entre todos é notável e contribui significativamente para o envolvimento do espectador.
Entretanto, mesmo com todo o brilho e a adrenalina pulsante, o filme por vezes tropeça em sua própria ambição narrativa. Em certos momentos, a trama apresenta cenas ou reviravoltas que desafiam um pouco o senso lógico. Algumas conveniências de roteiro parecem facilitar demais a progressão da história ou certas decisões de personagens, quando analisadas friamente, carecem de uma fundamentação mais sólida. A suspensão de descrença, essencial em um filme de ação, precisa ser esticada um pouco além do usual em algumas passagens, onde a causa e efeito parecem mais nebulosos ou as soluções surgem de forma um tanto quanto “mágica”.
Apesar desses pequenos deslizes na coerência interna de algumas sequências, “Missão: Impossível – O Acerto Final” é um espetáculo cinematográfico que entrega entretenimento de altíssima qualidade. As proezas de Tom Cruise, a ação de tirar o fôlego e um elenco carismático e talentoso garantem uma experiência cinematográfica vibrante e memorável. No fim das contas, a diversão e a emoção falam mais alto.
