HARE KRISHNA! tem estreia adiada

O documentário ganhou o prêmio de Melhor Filme no Illuminate Film Festival – no Arizona 2017. A Cinépolis é a distribuidora que lançará o filme no Rio, São Paulo, Curitiba, Natal e Fortaleza.


O filme retrata a vida de Srila Prabhupada – o Swami, indiano de 70 anos de idade, que chegou num cargueiro, sem recursos financeiros ou contatos, em Nova Iorque, em meio à turbulenta década de 1960, e que se tornaria um dos principais agentes de um imenso fenômeno cultural do século XX. “Hare Krishna!” traz arquivos inéditos, gravações de áudio do próprio Prabhupada e entrevistas com seus primeiros seguidores, além de muitos registros dos anos 60 e 70, auge da contracultura. O documentário fez parte do grupo de 170 produções que estavam aptas a concorrer a uma das cinco vagas no Oscar 2018.

O documentário apresenta os bastidores do movimento cultural nascido na cena artística e intelectual, no Bowery de Nova York e na meca hippie de Haight-Ashbury de São Francisco, passando pela beatlemania de Londres. Mostra como George Harrison ajudou a lançar um single com o mantra do movimento Hare pelo selo dos Beatles. O canto de um mantra rítmico e meditativo de 16 palavras – ” Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare, Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare”. George gravou com os primeiros devotos em Londres o mantra em um compacto pela Apple Records, tornando esta milenar meditação em um hit na Inglaterra. Posteriormente, seu sucesso solo “My Sweet Lord” apresentou o canto de “Hare Krishna” para todo o planeta, sendo considerado, inclusive, uma das músicas mais icônicas da época. A partir daí o movimento de Prabhupada explodiu definitivamente, e seus seguidores -” agora conhecidos como os Hare Krishnas ” ficam famosos por cantarem e dançarem nas ruas, estando presentes em todos os principais grandes fatos culturais da década, festivais de música, filmes e manifestações.

O diretor John Griesser se aproximou pela primeira vez de Srila Prabhupada, em 1970, na Índia. “Eu quero fazer um documentário sobre sua vida”, disse John a Prabhupada. O líder do movimento respondeu: “Isto não é importante”. John insistiu até ter sua aprovação, a partir daí acompanhou Swami por todo mundo: EUA, Europa e Índia, foram alguns dos locais onde John registrou imagens das viagens do líder. Não foi tarefa fácil acompanhá-lo, segundo John, “Prabhupada não gostava de falar sobre si mesmo. “
O documentário levou quatro anos de pesquisa para ser finalizado. John, assistido por sua esposa Jean, garimpou mais de 31 horas de filme que fez durante toda sua convivência com Srila Prabhupada – o Swami, até mesmo nos momentos finais do líder do movimento Hare Krishna. John esteve nos anos 80 no Rio e na fazenda Pindamonhangaba do movimento e estes registros no Brasil fazem parte do vasto acervo de imagens do filme. Até mesmo imagens e relatos sobre a ação contra o movimento na Suprema Corte de Nova York, da qual o movimento foi vencedor, estão incluídos no documentário. Também cenas de show feito na Califórnia para levantar fundo para o movimento com a participação de Janis Joplin e Grateful Dead.

A produção já é um sucesso independente: lançado em 100 cinemas nos EUA, em 2017, e em 350 theaters na  Índia, Rússia, Ucrânia, Canadá, Lituânia, Austrália, África do Sul, Singapura, e Mauritanos. Na América Latina, começou com 53 cinemas no México em 23 de março, seguido pela Argentina, Costa Rica, Guatemala, Chile, Panamá, Peru, El Salvador, Honduras, Colômbia no dia 5 de abril.O documentário apresenta depoimentos de vários seguidores inseridos na vida cotidiana que fogem do perfil estereotipado dos Hares. Homens e mulheres que são inseridos na sociedade moderna.