Começam as filmagens de “Pedro”, de Laís Bodanzky

RIO DAS PEDRAS, RJ, BRASIL, 04-11-2018: - Cauã Reymond durante a cena de Pedro, onde interpreta o primeiro Imperador do Brasil, Dom Pedro I. Pedro, filme da diretora Laís Bodanzky, conta a história do primeiro Imperador do Brasil ( interpretado por Cauã Reymond) em seu retorno à Europa a bordo da nau inglesa Warspite. Durante a travessia, Pedro reflete sobre sua vida no Brasil desde a infância, quando chegou com seus pais de Portugal, em 1808, até sua saída na calada da noite, fugindo de ser apedrejado pela população, em 1831. A bordo do Warspite, segue com Pedro a sua jovem e bela esposa, Amélia de Leuchtenberg e sua filha Maria da Glória (xxxxx) fruto de sua relação com sua primeira esposa, a austríaca, já falecida, Imperatriz Maria Leopoldina. Seu médico também o acompanha e o auxilia em uma importante questão: já há alguns meses Pedro (o maior mulherengo da história do Brasil) não consegue engravidar D. Amélia. A viagem obriga Pedro a vencer seus medos e rever sua vida do ponto de vista pessoal. Em conversas com o comandante inglês, com o cozinheiro, o médico, a esposa, a filha e 6 escravos, ele volta no tempo e revive cenas marcantes de sua vida. (Foto: Fabio Braga/Biônica Filmes) Diretora: Laís Bodanzky - DIVULGAÇÃO.

Cauã Reymond vive Dom Pedro I em produção da Biônica Filmes, Buriti Filmes, Sereno Filmes e O Som e a Fúria.

Na última semana tiveram início as filmagens de “Pedro“, dirigido por Laís Bodanzky, que também assina o roteiro do filme protagonizado por Cauã Reymond. O longa terá cenas rodadas em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro e São Paulo, e em Lisboa, Queluz e na Ilha do Faial, em Portugal. O filme é produzido por Biônica Filmes, Buriti Filmes, Sereno Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), em coprodução com a Globo Filmes. A Vitrine Filmes assina a distribuição.

Primeiro longa histórico da diretora dos premiados “Bicho de Sete Cabeças” e “Como Nossos Pais”, “Pedro” abordará a vida privada de Dom Pedro I. Responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época, o filme compreende o momento em que o imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

O longa mostra uma reflexão do personagem a bordo da nau inglesa Warspite sobre sua vida no Brasil – desde a chegada de Portugal ao lado dos pais, em 1808, até sua abdicação, motivada por desdobramentos do seu exercício do Poder Moderador, pela rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como pela rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicados no Brasil. O filme retrata o personagem em sua intimidade, tentando compreender a série de acontecimentos e o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.

“É muito interessante fazer um paralelo com os dias de hoje porque o projeto de Brasil que deu errado é o país que ficou, é o que somos hoje. O filme é sim uma provocação. Que Brasil é esse? Quem somos nós hoje? Acho que se trata de um filme muito contemporâneo, apesar de histórico”, explica Laís Bondanzky, que foi convidada para o projeto por Cauã Reymond e Mario Canivello, sócios da Sereno Filmes. “Trabalhar com o Cauã está sendo um processo muito interessante, ver como ele já se transformou desde o início do projeto até agora. Estamos desconstruindo o imaginário que temos de Dom Pedro I para descobrir quem é o Pedro”.

“Queríamos resgatar esse lado menos conhecido do Dom Pedro I, algo que fosse além do grito de Independência ou Morte. Escolhemos fazer um filme de personagem. Para interpretá-lo eu pesquisei muito, li diversas biografias brasileiras e estrangeiras sobre ele. Procuro construir o personagem a partir de suas ambiguidades. Mais do que o herói, buscamos o homem; com suas angústias, alegrias, dúvidas e paixões. O processo com a Laís está sendo muito instigante. Ela te provoca e deixa você dar as respostas”, elogia Cauã Reymond.

O elenco conta ainda com nomes como Vitória Guerra, como Amélia, a artista plástica Rita Wainer – em sua estreia como atriz – no papel de Domitila, Luise Heyer como  Leopoldina, além de Francis Magee (“Game Of Thrones”, “Jimmy’s Hall”, “Rogue One”), Welket Bunguê (“Joaquim”), João Lagarto, Luisa Cruz, Isac Graça, Isabel Zuaa (“As Boas Maneiras”), Celso Frateschi (“3%”), Gustavo Machado, Luisa Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino (“Tungstênio”). O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez (“Ex-Pajé”) foram escolhidos para compor a equipe do filme, responsáveis por um minucioso trabalho de reconstrução de época.

Pedro“, que tem previsão de estreia para 2019, terá a maior parte das cenas rodadas dentro da fragata inglesa Warspite, além de cenas no exterior do Cisne Branco, da Marinha Brasileira, uma réplica das embarcações da época. O interior da fragata será filmado em estúdio, com a construção de sete cenários, alguns com uma traquitana que dará a sensação de balanço do mar. “Filmamos em alto mar, numa travessia de Salvador ao Rio de Janeiro e também teremos cenas em uma fazenda em Rio das Flores, a ‘nossa’ Quinta da Boa Vista. Em Portugal, iremos filmar no Palácio de Queluz, onde Dom Pedro nasceu e morreu, e na Ilha do Faial, em Açores, onde ele desembarcou quando retornou para lutar contra o irmão Miguel pelo trono de Portugal”, destaca Bianca Villar, da Biônica Filmes, que assina a produção do longa com Cauã Reymond, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, Luis Urbano e Mario Canivello.