Análise sobre o filme Animais Fantásticos e Onde Habitam da Warner, aqui no Cebola Verde. Confira a ficha técnica do filme:
Nome do Filme: Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them)
Estreia: 17 de novembro de 2016 (Brasil) – 2h 13min
Direção: David Yates
Elenco: Eddie Redmayne, Katerine Waterston, Dan Fogler, Alison Sudol, Colin Farrell, Ezra Miller
Distribuidora: Warner Bros. Pictures
O novo filme de bruxos baseado na história de J.K. Rowling retorna com a magia para seus fãs e o alcance para um novo público. O começo da nova franquia de Animais Fantásticos e Onde Habitam é um enredo simples e que finaliza no próprio filme, já que foi revelado a exibição de mais 4 continuações. Porém, será realmente necessário tudo isso?
A explicação do mundo mágico não é tão necessária assim, a trama se passa antes dos acontecimentos da franquia Harry Potter (70 anos antes) e conta a história de Newt Scamander (Eddie Redmayne). Já que a grande maioria (principalmente os fãs) sabiam da existência do mesmo, fomos parar em um outro âmbito, New York City. Esquecemos um pouco Hogwarts, escola de bruxos, para conhecer um rapaz já formado e adulto, devemos dar ênfase a isto. A proposta do filme era básica, mostrar os animais e a importância deles no mundo da bruxos. Tendo em mente os preconceitos pelos bichanos e as ocorrências negativas.
Devo informar que sou completamente leigo no que se refere Harry Potter, já assisti alguns filmes e antes de julgar ou algo do tipo, irei escrever como uma “pessoa de fora” (conhecimentos básicos). Até para você, leitor, acompanhar o raciocínio de modo sucinto.
Na base disto, Newt gera problemas reais com seus animais e sua displicência de bruxo. Foi totalmente direto e sem enrolações no enredo, porém certas partes davam a sensação de cansaço pela simples ocasião de: já vi isso inúmeras vezes. A proposta de caçar foi algo para enriquecer e fazer o público rir, mas foi completamente entediante. Não que isso seja levado como um fracasso, pois de algum modo deveríamos saber como eram os animais. A própria J.K. escreveu o roteiro, algo super gratificante de ver e apreciar.
Então é o seguinte, com a confusão de Newt em busca de seu animal, é gerado um grande problema na comunidade, o que leva uma guerra entre os no-majs (trouxas ou pessoas normais) e os bruxos. O que vale ressaltar a importância das influências históricas, da heresia e seu poder, caso alguém fosse “diagnosticado” como bruxo, deveria morrer. E é um ponto super interessante na trama! Sobre os personagens, são perfeitamente encaixados e utilizados. A Porpentina Goldstein (Katerine Waterston) tem uma queda na metade do filme, mas consegue ser favorável no final; Jacob Kowalski (Dan Fogler) é um no-maj super gente boa e serve de lição para muitos que tem um sonho e não consegue botar em prática, e também Queenie Goldstein (Alison Sudol), a irmã de Porpentina, que consegue ler mentes. A parceria entre eles é algo que dá um UP no filme. Já os antagonistas foi meio sem pé nem cabeça. Não conseguiu construir algo tenebroso e marcante. Em si, o fato do problema inicial não ser algo repentino, foi o que acabou virando. Começou sendo algo ameaçador e sombrio, e virou algo bobo. Agora o Johnny Depp, não tivemos uma aparição completa para dizer um resultado final sobre o tal.
Para finalizar, o filme traz uma certa diversão e entretenimento ao público. Consegue agradar aos fãs de Harry Potter com certas referências e objetividade no assunto. Não tem enrolação, algo que chega a ser surpreendente e ousado para uma franquia nova, como foi dito, terá continuações. Irá se maravilhar com a trilha sonora marcante e especial de James Newton Howard (sabendo diferenciar nos momentos certos e conseguindo dar suspense ao filme). Os efeitos especiais são bons, porém em certas horas pareciam forçados, o que não chega a estragar tanto a experiência do público. Tem alívio cômico e é boa. Parece que o filme acaba ali mesmo e não dá muito a cara de continuação, mas tudo pode acontecer no universo de J.K. Rowling, aguardamos!