ELITE | Crítica

Análise sobre a série “Elite”, da Netflix, aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Elite (Élite)

Estreia: 05 de outubro de 2018 – 52 minutos, em média

Criadores: Carlos Montero & Darío Madrona

Elenco: María Pedraza, Miguel Bernardeau, Arón Piper, Álvaro Rico, Ester Expósito, Danna Paola, Omar Ayuso, Jaime Lorente, Itzan Escamilla, Miguel Herrán, Mina El Hammani

Distribuidora: Netflix


É totalmente diferente de Rebeldes. Muita gente achou que veria um reboot da série que ganhou no coração de muitos brasileiros na tela do SBT. O fenômeno da Televisa certamente marcou uma geração que ficou esperançosa na produção espanhola. Elite, é o segundo grande destaque da Espanha, ficando atrás somente de La Casa de Papel que foi lançada oficialmente há 2 anos atrás, em 21/10/16. O enredo circula em volta de um assassinato de um estudante da escola para Classe Alta, Las Encinas na festa de fim de série. Cada depoimento alimenta mais os mistérios dos porquês de o estudante ter sido assassinado, cada episódio aparece mais suspeitos entrando e saindo, mais pistas e mais motivos. O final é inesperado, o motivo pelo qual a vítima foi assassinada, foi por puro interesse do assassino, mesmo que ele diga que foi um simples “acidente”.

O enredo circula em torno de Samuel García Domínguez (Itzan Escamilla), Christian Varela Expósito (Miguel Herrán) e Nadia Shana (Mina El Hammani) em suas entradas ao colégio Las Encinas, após ele e dois estudantes sofrerem um acidente em sua escola antiga: onde o teto caiu em cima deles. Para compensar o acidente, os três estudantes receberam bolsas de estudo da construtora do antigo colégio.  Cada novo estudante tem sua peculiaridade, Samuel é de família pobre e trabalha como garçom, Christian também é pobre, mas é traficante e por último Nadia é muçulmana fiel aos princípios de Allah e muito ligada aos pais, por isso ajuda na mercearia da família – o fato é que todos são pobres, porém os três têm formas diferentes de lidar com esse problema financeiro – a escola conta com personagens totalmente diferentes da esfera anteriores deles: eles eram podres de rico.

O círculo de podres de ricos consiste em: Marina Nunier Osuna (María Pedraza), Guzmán Nunier Osuna (Miguel Bernardeau), Ander (Arón Piper), Pólo (Álvaro Rico), Carla Rosón (Ester Expósito) e Lucrecia “Lu” Montesinos Hendrich (Danna Paola). Cada família enriquecia de formas ilícitas, uns com esquemas envolvendo a prefeitura como a Construtora Osuna, outros no comércio de drogas, mas sempre saíam impunes muito diferente de diversos pobres.

A série ganha com diversidade e qualidade de personagens, é válido dar destaque ao casal LGBT Omar (Omar Ayuso) e Ander, que com o decorrer da história se apaixonam mesmo pelo preconceito por parte dos pais ultraconservadores de Omar; também dou destaque a personagem Marina que é soro positivo, dentro da história o diretor mostra a fragilidade da personagem sempre que este assunto é posto em pauta, principalmente, pelo preconceito por trás do HIV; por fim, dou destaque ao irmão de Samuel, “Nano” (Jaime Lorente), ele retrata a vida pós prisão, as dificuldades e consequências das escolhas feitas dentro da penitenciária. Sobretudo a série me conquistou, seja pela simpatia de muitos LGBTs que enfrentam o preconceito dentro de casa e não podem “sair do armário”, seja pela primeira vez ter uma série tão grande com uma personagem com HIV. A série não peca em explorar cada personalidade dos personagens e os insere em várias críticas, principalmente a de quem tem dinheiro comanda o mundo e muda a verdade.