Rebeca une indie pop, MPB e experimental em álbum de estreia “Corar”

Trabalho tem participação especial de Rubel.

Entre camadas de eletrônicos e loops vocais, surgem tons de R&B, MPB e indie pop num ambiente atmosférico para falar de amores, desejos e inseguranças cotidianas. Esse é o tom da estreia da cantora e compositora Rebeca, que lança seu debut “Corar”. O álbum, que conta com a participação de Rubel, já está disponível nas plataformas de música digital via MangoLab.

Nascida e criada em Niterói, Rebeca carrega em sua voz a personalidade única somada a uma doçura capaz de unir a cena da nova MPB e o hip hop e surpreender ouvintes. Foi assim com os jurados do The Voice Brasil, com o público da banda Oriente (onde participa do hit “Linda Louca e Mimada”, entre outros sucessos), nos vídeos acústicos com a Barcamundi e também com o público da banda Gragoatá. A força de Rebeca sozinha, que encantou as pessoas que viram seu trabalho com outros grupos, vai ser posta à prova no disco solo.

“Sempre quis fazer um disco solo, explorar um som que fizesse parte de mim, onde eu poderia sintetizar meus pensamentos e melodias que criava. O processo criativo do disco foi um baita exercício de autoconhecimento, porque eu pude descobrir outros papéis antes não explorados. Sempre me vi como intérprete, e nesse caso, pude exercitar os processos de composição, arranjo e produção. R&B é um estilo que eu gosto muito, por isso a vontade de incorporá-lo na estética do disco. Mas como eu já tinha participado de outros projetos e vivências, trouxe outros elementos tão relevantes pra mim quanto, vindos da MPB e da música indie”, conta.

Rebeca começou a compor trocando poemas e melodias com Ana Beatriz Brêtas, que acabaram virando músicas do disco, como “Fantasia” e “Louro”. Daí, outras parcerias com seus demais amigos músicos surgiram, principalmente com João Barreira, que assina 5 faixas no álbum, como “Cinema Norte Americano” e “Corar”, lançadas como singles. Além disso, seus parceiros da banda Gragoatá, Fanner Horta e Renato Côrtes, também assinam composições do disco.

“Mas o processo de produção do disco em si começou quando conheci o Rodrigo Martins. Ele entendeu muito os meus gostos, o que eu queria, e foi muito importante para transformar as minhas ideias em música”, revela Rebeca.

Martins, que toca na banda Tereza, assinou a produção musical e as programações do disco. Ele também estava trabalhando no mais recente álbum de Rubel (“Casas”, 2018) e fez a ponte entre os dois cantores. Na verdade, enquanto trabalhava com um artista, ele mostrava um pouco das novidades do outro.

“Eu acho muito bacana quando um artista que você admira acredita no seu trabalho e topa fazer parte. Fiquei muito feliz mesmo. Já admirava o trabalho do Rubel antes mesmo de conhecer ele pessoalmente. Foi muito divertida toda essa troca para a gravação da ‘O tanto que falta’. Depois disso, já tocamos juntos duas vezes, em Niterói e no Rio, não só fazendo essa música, mas tocando Gil e Mac DeMarco”, se diverte Rebeca.

O ecletismo latente da personalidade da artista marca sua estreia solo, que traz uma sonoridade envolvente e onírica para a construção do universo do disco. “Corar” já está disponível em todas as plataformas de música digital via MangoLab.