Toy Story 4 | Crítica

Análise sobre o filme animação “Toy Story 4”, da Disney Pixar (convite da Walt Disney Pictures BR), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Toy Story 4

Estreia: 20 de junho de 2019 (Brasil) – 1h 40min

Direção: Josh Cooley

Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Tony Hale, Ally Maki, Wallace Shawn, Keanu Reeves, Joan Cusack, Laurie Metcalf

Distribuidora: Disney | Buena Vista


Depois de nove anos, e o filme faz sátira com isso, a saga dos brinquedos mais amados das telonas retornam com muito mais humor e aventura sem limites. Desta vez, nossos protagonistas irão enfrentar um mundo aberto (novamente) nas férias da Bonnie, e o melhor de tudo, em um parque de diversões. E de fato, foi uma diversão sem limites. Josh Cooley, diretor de “Divertidamente” (2015), sabia da responsabilidade de conduzir uma sequência, ainda mais sendo a quarta, cuja fizesse sentido com seus filmes anteriores e fechasse tal ciclo.

“Toy Story 4” não é um filme com carimbo Pixar. Destoa do padrão da casa e fornece a ideia de independência. Oferece também ao espectador momentos de nostalgia com seus personagens tão icônicos no ramo cinematográfico, pois há anos eles fazem parte dos parques temáticos da Disney. E falando em parque, essa ideia no filme foi inserida com completo êxito. Woody se vê obrigado a ajudar seu dono, ou melhor, sua dona, que depois dos acontecimentos do terceiro filme de 2010, cuja enfrenta a iminência da idade e da educação infantil. Mais uma vez, a ideia de colocar um garfo como motivo para todos os conflitos foi perfeito e funciona muito bem na trama por completo. Não quer dizer que seja focado nisso o tempo todo, já que o nosso protagonista é o xerife Woody!

As aventuras e os acontecimentos são sempre por acaso, tudo levado por consequências de Woody. Tudo está diretamente fechado e ligado. A primeira parte da trama consegue prender a atenção logo de início com diálogos bem estruturados e dita o ritmo ao longo do filme. Talvez, algumas cenas poderiam ter sido cortadas, são de fato desnecessárias para obra, e há acréscimos muito bons e outros que são meio irrelevantes; na verdade, acontecem mesmo como um alívio cômico, que por hora já existia no filme. Por isso o desnecessário. Vale ressaltar, este talvez seja o filme da saga que menos passa uma moral, quase não se vê. O drama está interessado mesmo em entreter o espectador.

Uma das coisas mais interessante do filme é o retorno de Betty. Depois da participação pouca efetiva no segundo filme e o sumiço do terceiro, ela volta “girl power”. A Disney vem mantendo essa linha de exaltar as mulheres em seus filmes e faz com bastante maestria. A Pixar então vem delegando isso também muito forte em suas criações. Uma volta muito digna a personagem!

Nas partes técnicas, como computação gráfica, edição, dublagem e trilha sonora, todas funcionam em completa harmonia entre si. Não há do que reclamar quando é a Disney na produção e tudo o quê a Pixar engloba no meio cinematográfico com suas animações. A dublagem, quem vos fala assistiu em português, é marcante, como sempre foi em Toy Story; Guilherme Briggs e Marco Ribeiro são os caras! A trilha sonora, também traduzida para a língua tupiniquim, traz o retorno do grande Zé da Viola; soundtrack disponível para pré-venda. São dois novos sons e destaque para “Seu Destino”.

Diante dos fatos supracitados, “Toy Story 4” traz a nostalgia e abre margens para novos horizontes. Mesmo que a desconfiança de uma continuação tenha aparecido depois do final do terceiro filme, a Pixar conseguiu fazer mais um sucesso para os amantes de uma boa história e animação. Com mais humor, momentos de tensões e uma aventura incrível, Woody e seus amigos retornaram de fato com tudo. O filme não diz que é o fim, mas sim, novas opções de exploração. Entretanto, mais uma vez a pergunta é dada em pauta: o que faz uma coisa ser brinquedo?