Liga da Justiça | Crítica

Análise sobre o filme Liga da Justiça da Warner Bros. Pictures (convite da Warner Bros.), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica do filme:

Nome: Liga da Justiça (Justice League)

Estreia: 15 de novembro de 2017 (Brasil) – 2h 00min

Direção: Zack Snyder

Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Ezra Miller, Ray Fisher, Jason Momoa, Amy Adams e Jeremy Irons

Distribuidora: Warner Bros. Pictures


E chegamos ao tão esperado filme da Liga da Justiça, o primeiro grupo de super-heróis nas histórias em quadrinhos, chega nas telonas depois de bastante desconfiança, acontecimentos trágicos na família Snyder e refilmagens por Joss Whedon. Calma, que isso não foi capaz de estragar o começo de uma nova era na DC, pois desta vez, a produção/equipe no geral conseguiu acertar em cheio ante uma nova fórmula. Algo parecido com o último filme da Warner sobre um personagem da DC nos cinemas: Mulher-Maravilha. Entretanto, ainda há como melhorar no encalço de certos aspectos!

Até hoje, falamos sobre o filme Batman v Superman: A Origem da Justiça (2016) sobre o seu desempenho – sendo bom ou ruim – e claro, seu enredo muito mais arrastado do que estávamos acostumado a ver nos cinemas diante dos super-heróis. Críticos e fãs começaram a duvidar do potencial de Zack Snyder; claro, os personagens mais icônicos dos quadrinhos e animações não atingiram o potencial que se espera deles. Então, os erros ingeridos foram transformados em combustão para um ótimo trabalho em Liga da Justiça, onde é visto um roteiro simplificado com pontos a serem ressaltados. Um filme que convence por ser muito mais objetivo, salientando, direto ao assunto! Deixando explícito que o filme teve uma mão preciosa do Joss Whedon (sim, o diretor de Os Vingadores e Vingadores: Era de Ultron). Não há nenhum distúrbio em relação aos cortes entre ele e Snyder!

Liga da Justiça continua com as famosas propriedades da Warner nas mãos do Snyder, como por exemplo, sua ambientação muito bem caracterizada por ter fortes impactos visuais, vendendo a fantasia como algo verdadeiro. A trilha sonora é muito boa, o que leva a nostalgia de fãs mais velhos nas mãos do grande Danny Elfman; uma trilha épica. Ou seja, esses dois fatores fazem que o filme fique harmonioso em vários aspectos, fazendo o telespectador caminhar junto à obra. Sem esquecer a presença do slow-motion – parecido com o do filme da Mulher-Maravilha – que se assemelha intensamente com as histórias em quadrinhos, porém, desta vez há menos que o habitual.

O roteiro por ser objetivo, os novos personagens principais tiveram menos tempo para se desenvolverem na trama, e continuamos com algumas duvidas sobre suas devoções. Enfim, não é algo que atrapalhará, só não irá ser tão denso como foi com o Bruce Wayne, Clark Kent e Diane Prince. O que se destaca no meio dessa aventura é o Barry Allen (Flash), interpretado por Ezra Miller, o qual tem o carisma o tempo todo a seu favor, lembrando muito o Wally West da animação Liga da Justiça Sem Limites (2004), e as expressões faciais muito bem caracterizadas em momentos de felicidade e tristeza. Encontraremos novamente um “Bruce Affleck” ótimo, esse Batman é um dos melhores e uma Mulher-Maravilha (Gal Gadot) maravilhosa, sem mais! Aliás, os diálogos entre os dois são sensacionais! O Jason Momoa como Aquaman teve um primeiro ato bem explorado, os atos seguintes (segundo e terceiro) sua relevância foi diminuindo e quase não ouvia seu nome. Já o menino Victor (Ciborgue), interpretado pelo jovem Ray Fisher, é entregue de uma maneira simplória, poderia ter tido mais informações sobre ele, pois seu papel na obra é muito relevante. No geral, a atuação de todos foi impecável! Deixaremos a nossa atuação sobre o Cavill como Superman em um vídeo futuro.

Infelizmente, o vilão Lobo da Estepe, dublado por Ciarán Hinds, e seu exército de Parademônios foram fracos. Um vilão super esquecível com um CGI irritante. Às vezes, dava a impressão de estar jogando Injustice numa tela grande. Poderia ser mais aproveitado em várias situações, o qual em nenhum momento consegue transmitir ameaça para o telespectador. O filme também conta com uns cortes bobos da edição, mas nada de tão agressivo. Diferente do filme da Princesa de Themyscira, não há situações adultas envolvendo os personagens.

Diante dos fatos supracitados, Liga da Justiça é um grande impulso da DC para um novo universo estendido. O seu começo é conflituoso, todavia aos poucos consegue se encaixar ao modo que os fãs têm a base de suas obras. Está presente inúmeras referências que proporcionam teorias válidas sobre o futuro da franquia, o que motivo o público a continuar a ver. E claro, é uma nova chance das pessoas de fora conhecerem esse grande grupo de super-heróis e suas motivações, pois não precisa conhecer os quadrinhos para entender o contexto. Tem duas cenas pós-créditos super importantes, fique até o final!