Jumanji: Bem-Vindo à Selva | Crítica

Análise sobre o filme Jumanji: Bem-Vindo à Selva da Sony Pictures (convite da Sony), aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Jumanji: Welcome to the Jungle)

Estreia: 04 de janeiro de 2018 (Brasil) – 1h 59min

Direção: Jake Kasdan

Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan, Nick Jonas, Bobby Cannavale, Alex Wolff e Madison Iseman

Distribuidora: Sony Pictures


Com certeza você irá ler o título da crítica e lembrará do clássico que foi o primeiro Jumanji (1995), de Robin Williams, que se passa até hoje na TV aberta. Talvez você não saiba, mas Jumanji é um livro infantil de 1982 escrito e ilustrado por Chris Van Allsburg. A história descreve um jogo de tabuleiro com temática da natureza, onde animais reais e outros elementos aparecem magicamente assim que um jogador joga os dados. Entretanto, o diretor Jake Kasdan fez questão de “converter” o bom e antigo jogo de tabuleiro para um videogame. O que de fato, muitos criticavam e não botaram muita fé nessa nova fase, ainda mais com um comediante de stand up como o Kevin Hart no elenco.

Jumanji: Bem-Vindo à Selva é uma surpresa muito positiva para o cinema. Avante, por ser uma grande aventura cômica ao longo do filme, tanto pelas crianças quanto pelos personagens dentro do jogo. Infelizmente, até se acostumar com a ideia de ter um protagonista mongol irá demorar. O primeiro ato é bem fraco, lembrando muito Power Rangers (2017): jovens na detenção – não consigo comprar essa ideia. E de como eles chegam ao acordo de jogar o game é tosco, pois cada estudante é muito diferente do outro, no quesito personalidade. Ok, a gente releva, o intuito inicial é dentro do game, cujo desenvolvimento é espetacular. Dentro de Jumanji, as personalidades de cada jovem começam a surtir um efeito grotesco na trama, deixando a aventura muito mais engraçada do que o normal, e já que é um videogame, cada defeito do personagem (level up) e da pessoa “jovem” (mundo real) é corrigido ao longo das fases propostas no jogo, parecido como uma lição de moral.

Como um filme de comédia, se espera anedotas sem graça, não há dúvidas que algumas não funcionam, porém, de todo modo não é ruim. Em algum momento, você irá rir mais que o normal, há piadas de todos os jeitos e variados tipos. Contudo, esqueça piadas de humor negro, não irá ver, muito menos xingamentos agressivos ou de cunho pessoal, o filme é voltado para as crianças e jovens se divertirem. Também os adultos irão entrar nessa onda, ainda mais com o sucesso do filme de 1995. Vale ressaltar que existe um pouco de romance envolvido.

Na parte técnica, a edição ficou boa, uma paleta de cores bastante verde e acinzentada, já que 85% do filme se passa na selva. Alguns cortes foram feitos na hora certa e outros na hora errada, que levou muito a estragar na parte dos efeitos especiais pouco investido, pois foi “desmascarado”. Não estraga a experiência por completo, dá para passar batido e se ligar nos acontecimentos. Destaque completo para a trilha sonora, uma canção que leva o nome do filme, “Welcome To The Jungle” (1987) da banda de rock, Guns N’ Roses. Sem esquecer do gênero épico (musical) em cada acontecimento mais dramático e quando os jovens concluem uma fase – ao todo são 4 fases -.

Os quatros jovens iniciais vão para Jumanji se formando os personagens de dentro. O nome que vende o filme é dele, Dwayne “The Rock” Johnson, que faz o arqueologista Dr. Bravestone, com todas aquelas características marcantes que todos conhecem. É impossível criticar o carisma de Johnson, cujo papel é um personagem dentro do jogo jogado pelo Spencer (Alex Wolff), o garoto mongol que cito no início da crítica. Kevin Hart se encaixa perfeitamente nesse papel, mais que um alívio cômico! Até quem fim ele deu sorte, no filme é conhecido como o zoologista Franklin “Mouse” Finbar, jogado pelo Fridge (Ser’Darius Blain). Jack Black dá um banho de atuação como Professor Sheldon “Shelly” Oberon, jogado pela Bethany (Madison Iseman). É impressionante como ele conseguiu interpretar um cartógrafo, criptógrafo, arqueólogo, paleontólogo e uma adolescente perfeitamente. E o último adendo para a volta de Nick Jonas para as telonas, fazendo o Hidroavião McDonough, jogado pelo Alex Vreeke (Mason Guccione e Colin Hanks), que foi mais um aviso que ele estaria voltando.

Diante dos fatos supracitados, não considero que Jumanji: Bem-Vindo à Selva seja um reboot ou remake, já que foi apresentado motivos para que isso não seja dito. Uma grande aventura foi feita pelo diretor Jake Kasdan, com certeza tirará risos de muitos na sala de cinema e também, quem sabe, na sessão da tarde?! Ao todo, piadas funcionam, atuações bem desenvolvidas das estrelas, um enredo divertido que fecha – talvez – mais um ciclo. A ideia de colocar um videogame caiu muito bem, pode ficar despreocupado com isso. Vale sim um ingresso para ir com os amigos curtir.