Cineart Filmes divulga pôster de ‘LUNA’

Drama do diretor Cris Azzi participará da mostra competitiva do 51º Festival de Brasília.

O cartaz do longa-metragem “LUNA”, de Cris Azzi, acaba de ser divulgado. Com distribuição da Cineart Filmes, a produção foi selecionada para a mostra competitiva do 51° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro. A história pauta o encontro de duas jovens e acompanha a trajetória e as consequências desse acontecimento.

  • Em 2014 me vi chorando diante de uma matéria jornalística que narrava a morte de uma jovem brasileira de 17 anos que tirou sua própria vida após ter um vÍdeo de sexo viralizado nas redes sociais. Quatro anos depois, com o filme já montado, ainda me pergunto em qual lugar íntimo essa história me moveu a ponto de fazer um filme com essa inquietude como ponto de partida – conta o diretor.

A história da Luana e de seu encontro com Emília atravessa temas como a  descoberta da sexualidade feminina associada à autoexposição favorecida pelas novas mídias,  a busca por novas experiências, por pertencimento e autoafirmação. “Coloca à prova aspectos como liberdade e preconceito, liberdade e abuso, liberdade e julgamento moral. Mas a meu ver, para além dessa camada, o filme se orienta na potência do encontro com o outro, no amor e nas suas contradições”.

Belo Horizonte, 22 de novembro de 2016
Imagens de divulgacao do longametragem Luna, dirigido por Cris Azzi e produzido pela Delicia Filmes.
Foto: Bruno Magalhaes / NITRO

Para realizar sua primeira ficção, Azzi praticou o exercício da escuta. “Me vi diante de um universo de meninas brasileiras  com muitas histórias de decepções com o universo masculino. Abusos, assédio, estupro, abandono. Hoje, ao olhar para o percurso do filme, entendo que esses fatos recorrentes nas conversas foram borrando o roteiro naturalmente”, diz Azzi.

-Durante esses quatro anos de realização, as reivindicações femininas ganharam luz no Brasil e indicam um caminho espinhoso, mas sem volta, na direção da igualdade de direitos em relação aos homens. Nesse sentido, quando ainda me vejo tentando entender por qual motivo a história lida no jornal me tocou tanto, começo a perceber que falar desse universo é também uma busca pessoal por aprendizado e ressignificação nas minhas relações humanas. Ainda estou em busca de respostas – completa.