Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível | Crítica

Ewan McGregor plays Christopher Robin opposite his longtime friend Winnie the Pooh in Disney’s heartwarming live action adventure CHRISTOPHER ROBIN.

Análise sobre o filme live-action “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível”, da Walt Disney Pictures, aqui no site Cebola Verde.

Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin)

Estreia: 16 de agosto de 2018 (Brasil) – 1h 44min

Direção: Marc Foster

Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Mark Gatiss, Adrian Scarborough, Oliver Ford Davies

Dubladores: Jim Cummings, Toby Jones, Peter Capaldi, Brad Garrett, Sophia Okonedo, Nick Mohammed

Distribuidora: Disney | Buena Vista


Quem diria que a história de uma criança com seu ursinho de pelúcia viraria um sucesso na literatura inglesa, tal como passara para uma animação própria da Disney mais tarde. O começo da década de XX foi bem marcante para a vida de Christopher Robin Milne, um garotinho inglês que tivera seu nome representado nas entrelinhas históricas de seu pai, Alan Alexander Milne. Desta vez, em versão live-action e pelas mãos do diretor Marc Foster, Pooh retorna para reviver o sentimento jovial de Christopher (Ewan McGregor)!

Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” traz consigo uma grande carga emocional a todos aqueles que acompanhava as aventuras de Pooh e seus amiguinhos pelas animações icônicas da Disney. O próprio nome já fala de algo que leva a encontrar de novo, algo que não se deve esquecer. A jornada que traz, através do encontro com os animais e seus aspectos arquetípicos, a reconexão com aspecto naturais do homem: principalmente a nossa natureza criadora.

Através do reencontro com Pooh, Ió, Leitão e Tigrão o filme mostra o processo de reconexão com o passado, o resgate da própria história e abertura para uma nova fase de vida, mais plena com o equilíbrio do mundo racional e emocional.

O mel é a porta de entrada para essa reconexão sendo a representação da fonte da vida. Pooh (Jim Cummings), o urso, é o rastreador da cura, sempre com seu balão vermelho que mais uma vez nos traz a busca da infância. Ió (Brad Garrett), o burrinho representa tudo que carregamos sem que de fato nos pertença e acaba perdendo sempre seu rabo, por ser a parte do corpo que contem toda sua força e virilidade, mostrando que ao deixarmos de lado o que realmente somos, nos enfraquecemos. O Leitão (Nick Mohammed) é a busca por sair do confinamento e o Tigrão a parte responsável por aprender com os nossos erros.

Desta forma a história se mostra muito clara sobre o desenrolar da busca do verdadeiro ‘Eu’ de Christopher, que retrata tão bem a realidade nos tempos atuais. Além disso, também retrata de forma lúdica e visual como essas características interagem entre si durante o desenvolvimento interno.

Da parte técnica, tudo na tela faz sentido de acordo com os sentimentos propostos por Pooh e Christopher, sem exageros! É bem certeiro nas edições visuais e efeitos gráficos. Não há incômodos, mas também dá para perceber alguns descuidos.

O filme é marcante por vários aspectos já citados: a ambientação londrina acinzentada, a constante batalha entre a diversão e trabalho, tempo é importante, a maioria dos dubladores voltaram da animação e as brincadeiras icônicas. Entretanto, a trama poderá aparecer super desgastante àqueles que pouco conhecem ou ouviram falar desse grupinho brincalhão. Desgaste no sentido de ser entediante mesmo – pensando como o público em geral.

Com toda certeza, o roteiro poderia ter sido diferente, ou seja, fazendo a carga apelativa (emotiva) de relembrar o passado – a fortíssima nostalgia e a sensação do “adeus” – e um grande tiro nos corações do novo público. Não engrena, mas há seus momentos, tal como as conexões entre os personagens reais.

Diante dos fatos supracitados, “Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível” é um filme de uma profundidade muito grande e que toca principalmente os adultos que vivem perdidos na rigidez e automação dos dias de hoje; Embora tenha um desenvolver calmo, é frenético em suas emoções. Vale muito a pena dar uma conferida, analisar bem esses pontos psicológicos e trazer de volta as brincadeiras de Pooh e seus amigos.