Aquaman | Crítica

Análise sobre o filme do super herói “Aquaman”, da Warner Bros. Pictures (convite da Warner Bros. Pictures Brasil) e assistido na #CCXP18, aqui no site Cebola Verde. Confira a ficha técnica da trama cinematográfica:

Nome: Aquaman

Estreia: 13 de dezembro de 2018 (Brasil) – 2h 24min

Direção: James Wan

Elenco: Jason Momoa, Amber Heard, Willem Dafoe, Patrick Wilson, Nicole Kidman, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II, Temuera Morrison

Distribuidora: Warner Bros. Pictures


Chegou a vez do Rei dos Setes Mares entrar em ação! E pode se dizer que com certeza ele entrou com maestria nas telonas. Seu triunfo vem logo após dos acontecimentos do filme “Liga da Justiça” (2017) e um hiato considerável de filmes de super heróis da DC nos cinemas; aproximadamente um ano. Ao fato que, muita das esperanças sobre os icônicos personagens da DC fossem rebaixadas à estaca zero e também à questão de Arthur Curry não ter tanta em evidência como seus parceiros Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Entretanto, esta trama consegue ser tão boa quanto a trilogia de Christopher Nolan: um verdadeiro filme de super herói!

Aquaman” é o sexto filme do Universo Estendido DC, dirigido com maestria por James Wan, autor de obras como “Velozes e Furiosos 7” (2015) e “Annabelle” (2014), com roteiro de Will Beall e a partir de uma história de Wan e Geoff Johns, roteirista de alta importância na DC Comics e agora se tornou Presidente da DC Entertainment. Vale salientar que, o Sr. Johns fez trabalhos com o desenhista e ilustrador Ivan Reis, cujo fez uma entrevista especial para o site Cebola Verde dizendo mais desse filme e sua influência no mesmo; confira! Prosseguindo, com nomes conceituados na administração/direção do filme, o enredo se mostra muito forte ao longo do tempo. As devoções de Arthur Curry (Jason Momoa), mais conhecido com Aquaman, são postas em conflitos a partir de um momento crucial, acompanhado por Mera (Amber Heard).

Todos os detalhes e dúvidas foram sendo sanadas no próprio filme, pois inúmeras questões entraram em pauta a partir do momento que o filme foi anunciado, por exemplo, a fala dos atlantes em baixo d’água. Outra situação foi se o filme seria de origem, e adianto que não, apenas uma breve introdução – extrema importância – de quem seria Arthur Curry e donde ele veio. Querendo ou não, esses fatores conseguem deixar a trama muito mais marcante e prender mais a atenção do espectador e faz o filme ser o que é, também adicionando pontos importantíssimos para os amantes dos quadrinhos – algo que havia sido deixado de lado em filmes anteriores.

Mesmo com a direção honrosa de James Wan e diálogos bem construídos, o filme apresenta alguns probleminhas técnicos que com certeza podem se passar despercebidos, ou seja, não detona de todo modo as três fases – início, meio e fim – de um filme. Entretanto, ele se preocupa em mostrar as belezas dos oceanos com uma trilha sonora de gênero épico e também os problemas que nós, seres humanos, causamos para o mundo marítimo, que é o estopim para a revolta de Ohrm, interpretado por Patrick Wilson. E não, o filme não se prende ao fator ecológico, apenas cita! As construções em computação gráfica (CGI) também está considerável e muito de acordo do que o filme busca, não há desconforto visual e muito menos situações desconectas.

Há uma grande história para ser transmitida e isso faz com que o filme pareça um pouco acelerado, dá para notar isto nos cortes de transição em cada take. Obviamente, Aquaman, de Jason Momoa, é o foco de toda trama, e isso, Sr. Momoa faz com completa excelência, acompanhado com requintes de carisma, humor, virilidade e muita sedução. A partir do momento que ele vê que não dá mais para ficar sozinho, o ombro amigo de Mera, interpretada pela atriz norte-americana Amber Heard, traz consigo uma representatividade muito forte, mesmo ela sendo uma coadjuvante – no papel -, essa nomeação não é atribuída a ela, pela destreza, carisma, força e inteligência! Ela roubou inúmeras cenas com o protagonista ao lado. Willem Dafoe é o mentor e mais uma vez constrói uma conexão boa entre os protagonistas, pois seus ensinamentos não são para encherem o tempo e funciona bem.

Agora partindo para os antagonistas, Patrick Wilson convence de modo espetacular que é o irmão “burguês” de Momoa, mesmo sendo carismático ao longo da trama, Orm tem motivos concretos para ter essa raiva e ódio ao Aquaman, mas não só isso, seus “poderes” são bem utilizados e distribuídos em variadas cenas de ação – alto ponto positivo do filme -. E indo para a superfície terrestre, também conhecemos o Arraia Negra, interpretado por Yahya Abdul-Mateen II, com seu caráter e a incessante busca por vingança ao Aquaman.

Diante dos fatos supracitados, o filme “Aquaman” é com certeza um filme de super herói, pois possui inúmeros valores de histórias em quadrinhos, como por exemplo: o crescimento do herói, a trilha épica, a fábula de Atlantis, guerras entre ideologias e mais que aparecera na trama. Há diversos pontos positivos a serem destacados: primeiro, as incríveis cenas de ação de todos os personagens e a completa utilização do campo de batalha; segundo, diálogos bem definidos; terceiro, o retorno de um filme DC bem construído e elaborado sendo solo. Tomando o terceiro como base, volta o sentimento de esperança de filmes bons vindos da DC Comics porque isso é de autoimportância para os amantes de quadrinhos. E claro, faz com que a sua concorrente abra os olhos e não se deixe levar pela mesma fórmula sempre.